Bitcoin em queda após liquidação bilionária no mercado
- Corte de 25 pontos-base pelo Fed reforça confiança do mercado, mas não sinaliza novo ciclo de afrouxamento.
- Dólar se fortalece com resiliência da economia dos EUA; inflação medida pelo PCE e riscos de tarifas seguem no radar.
- Níveis técnicos indicam suporte do DXY em 97,5–97,6 e resistência na faixa de 98,5–100.
Os mercados globais iniciaram a semana em tom relativamente estável. Nos EUA, todos os principais índices acionários renovaram máximas após o Federal Reserve cortar os juros em 25 pontos-base — o primeiro corte desde dezembro. O movimento já era amplamente esperado. Embora a redução tenha alimentado expectativas de mais dois cortes até o fim do ano, o presidente do Fed, Jerome Powell, deixou claro que não se trata do início de um novo ciclo de afrouxamento. A decisão foi apresentada como um passo cauteloso e calibrado para gerir riscos.
Após o anúncio, o dólar se valorizou de forma perceptível. Desde 17 de setembro, o Índice do dólar avançou de 96,2 para 97,8. A alta refletiu a percepção de que a postura do Fed foi menos dovish do que o mercado esperava e de que a economia americana segue relativamente resiliente.
Powell reconheceu sinais de fraqueza no mercado de trabalho, mas evitou sugerir cortes sucessivos. Ressaltou a persistência da inflação e os riscos advindos das tarifas, reforçando a mensagem de que a autoridade monetária atuará apenas se necessário. A comunicação do Fed teve impacto distinto sobre diferentes ativos: ações continuaram subindo, o dólar ganhou força e os yields dos Treasuries avançaram.
Mesmo sem um guia explícito para os próximos passos, o mercado precifica a possibilidade de cortes adicionais que somariam 50 pontos-base até o final do ano. As várias falas de dirigentes nesta semana, em especial a de Powell na Greater Providence Chamber of Commerce, serão determinantes para calibrar tais expectativas.
PCE e cenário geopolítico pressionam o dólar
Nos indicadores, o índice PCE, medida preferida do Fed para acompanhar a inflação, concentra atenções. A projeção é de leve alta da taxa cheia, de 2,6% para 2,7%, enquanto o núcleo deve permanecer em 2,9%. Leituras acima das estimativas podem reduzir a chance de novos cortes de juros e reforçar a demanda pelo dólar.
Outros relatórios, como renda pessoal e gastos, encomendas de bens duráveis e a pesquisa PMI de serviços da S&P Global, também podem influenciar a trajetória da moeda americana.
No campo geopolítico, o apetite global por risco se manteve relativamente equilibrado. Investidores acompanharam de perto a longa ligação entre o presidente Trump e o presidente chinês Xi, que trouxe sinais de avanço em temas como comércio, fentanil e TikTok. Ainda assim, como o status legal das tarifas segue indefinido, qualquer cancelamento ou nova medida pode provocar movimentos abruptos no dólar, tornando o DXY mais sensível a níveis técnicos de curto prazo.
Perspectiva técnica do dólar
No DXY, a faixa entre 97,50 e 97,60 atua como suporte importante. Uma quebra abaixo desse patamar pode intensificar a pressão vendedora e levar o índice em direção a 96,55, que coincide com a base do canal.
Na direção oposta, 98,5 é a primeira resistência relevante, localizada próximo ao centro do canal. Caso supere esse nível, a região entre 99,7 e 100 surge como próxima barreira de força. Indicadores técnicos, como o IFR, sugerem que o dólar mantém viés altista, e enquanto se mantiver acima das médias móveis exponenciais de curto prazo, a demanda tende a continuar firme.
No conjunto, a análise técnica indica espaço para novas altas, mas surpresas nos dados econômicos ou sinais mais dovish do Fed podem frear ou reverter os ganhos.
Atualmente, o dólar busca um ponto de equilíbrio. O corte de juros pelo Fed reforçou a confiança dos mercados e, ao mesmo tempo, sustentou a moeda como porto seguro global. O tempo de duração desse movimento dependerá dos próximos passos da autoridade monetária e da resiliência da economia americana. Em resumo, os níveis-chave do dólar serão definidos pela interação entre os discursos do Fed e a divulgação dos indicadores nas próximas semanas.
***
PARE DE INVESTIR NO ESCURO! No InvestingPro, você tem acesso a ferramentas treinadas de IA em 25 anos de métricas financeiras para escolher as melhores ações e ainda tem acesso a:
- Preço-justo: saiba se uma ação está cara ou barata com base em seus fundamentos.
- ProTips: dicas rápidas e diretas para descomplicar informações financeiras.
- ProPicks: estratégias que usam IA para selecionar ações explosivas.
- WarrenAI: consultor pessoal de IA treinado com dados do Investing.com para tirar suas dúvidas sobre investimentos.
- Filtro avançado: encontre as melhores ações com base em centenas de métricas.
- Ideias: descubra como os maiores gestores do mundo estão posicionados e copie suas estratégias.
- Dados de nível institucional: monte suas próprias estratégias com ações de todo o mundo.
- ProNews: acesse notícias com insights dos melhores analistas de Wall Street.
- Navegação turbo: as páginas do Investing.com carregam mais rápido, sem anúncios.
AVISO: Este conteúdo tem caráter exclusivamente informativo. Não constitui oferta, recomendação ou solicitação para compra de ativos. Lembramos que todos os investimentos envolvem riscos relevantes e devem ser avaliados sob múltiplas perspectivas. O InvestingPro não oferece consultoria de investimentos. As decisões e riscos assumidos são de inteira responsabilidade do investidor.