Após sete semanas em alta, os preços do algodão em pluma perderam força no mercado brasileiro devido à retração de muitos compradores. De 9 a 16 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias, referente à pluma 41-4, posta em São Paulo, recuou ligeiro 0,15%, fechando a R$ 2,6866/lp nessa segunda-feira. Indústrias do Sul, do Sudeste e do Nordeste estão trabalhando com a pluma que têm em estoque. Já as unidades que precisam adquirir matéria prima vão ao mercado spot, mas compram apenas pequenos volumes.
Comerciantes, por outro lado, estão ativos nas aquisições, buscando lotes para cumprir os contratos firmados, o que limita as quedas nas cotações. Do lado vendedor, alguns produtores estão mais flexíveis, principalmente os que pretendem escoar o volume restante da safra 2014/15. Outros, no entanto, se mantêm retraídos nas vendas, acreditando que o atraso na colheita e a baixa oferta impulsionem os valores nas próximas semanas.
ARROZ – Cotações se mantêm em alta pela 5ª semana consecutiva
Pela quinta semana consecutiva, o preço da saca de arroz em casca no Rio Grande do Sul segue em alta. De 10 a 17 de maio, o Indicador ESALQ-SENAR/RS subiu 1,83%, fechando a R$ 41,72/sc de 50 kg no dia 17. Na primeira quinzena do mês, o avanço foi de 2,89%.
Com as intenções de venda menores que as de compras, beneficiadoras ofertam valores maiores tanto pelo arroz depositado na indústria quanto pelo arroz “livre” (armazenado na propriedade rural). Além disso, a necessidade de atender a demanda do segmento atacadista/varejista dos grandes centros e a expectativa de menor disponibilidade na temporada 2015/16 dão suporte às valorizações.
Do lado vendedor, boa parte dos produtores permanece retraída, aguardando aumento nos preços do arroz em casca nas próximas semanas. Apenas orizicultores com necessidade de “fazer caixa” e saldar compromissos estiveram ativos na última semana. No geral, produtores estão finalizando a colheita, atentos à queda na produtividade e qualidade dos grãos.
OVOS – Preços caem com aumento da oferta e queda da demanda
Depois de subirem por sete semanas, os preços dos ovos começam a recuar. Entre 10 e 17 de maio, o valor médio do ovo tipo extra, branco, a retirar em Bastos (SP), caiu 3,1%, com a caixa com 30 dúzias passando para R$ 76,79 nessa terça-feira. Também em Bastos, no mesmo período, os ovos vermelhos ficaram 2% mais baratos, com a média de R$ 85,62/cx na terça. Esses recuos ocorreram devido ao aumento da oferta de ovos maiores num momento de recuo da demanda.
O poder de compra do avicultor segue apertado, principalmente em relação ao milho – principal insumo da avicultura. Em comparação com a primeira quinzena de maio do ano passado, os preços do cereal praticamente dobraram - estão 98,7% mais altos. Em 2015, em Bastos (SP), com a venda de uma caixa de 30 dúzias do tipo extra, branco, era possível adquirir 130 quilos de milho. Já em maio deste ano, a troca se limita a 92,86 quilos de milho – redução de 28,6% no poder de compra.
No segmento de ovos vermelhos, cada caixa de 30 dúzias vale, na média deste mês, 102,71 quilos de milho, perda de 32,3% no poder de compra, uma vez que, há um ano, equivalia a 151,78 quilos de milho