Acredito que este é, no momento, o gráfico macroeconômico mais relevante do mundo.
Ele mostra a correlação móvel de 120 dias entre o euro (EUR) e o índice S&P 500 (SPX).
Essa é uma correlação crucial para grandes alocadores globais de capital, como fundos de pensão europeus. Quando esses investidores compram ativos nos EUA, assumem, implicitamente, uma exposição ao par EUR/USD. Por isso, acompanhar a correlação entre a moeda (EUR) e o ativo adquirido (SPX) se torna essencial.
Como o gráfico mostra, essa correlação tem se mantido majoritariamente positiva ao longo dos últimos 20 anos.
Ou seja, quando o S&P 500 caía, o euro geralmente acompanhava — o que tornava ineficaz a estratégia de proteção cambial (hedge) sobre EUR/USD atrelada à compra de ações americanas.
Em outras palavras: a exposição ao dólar serviu como um excelente instrumento de proteção em momentos de aversão ao risco no mercado acionário dos EUA.
Foram poucas as ocasiões em que essa correlação deixou de funcionar:
- A fase inicial da crise financeira global de 2008, liderada pelos EUA
- Os anúncios inesperadamente massivos de afrouxamento quantitativo (QE) pelo BCE entre 2015 e 2016
- O verão de 2019, com os títulos alemães (Bunds) pagando -0,75% ao ano
- E agora...
Todas essas rupturas na correlação foram passageiras, motivadas por eventos macroeconômicos fora da curva. Em cada uma dessas ocasiões, a correlação rapidamente voltou ao seu “normal”, o que nos leva à situação atual: gestores estrangeiros continuam, na prática, subprotegidos.
Ou seja, carregam uma exposição comprada (long) em dólar norte-americano extremamente elevada...
...bem no momento em que a correlação começa a ceder novamente.
Esse movimento pode desencadear fluxos bilionários de proteção cambial.
O que implicaria uma venda maciça de dólares no mercado.
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