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Corte de 100 é Favas Contadas

Publicado 10.04.2017, 15:54
USD/BRL
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"Pô, me chama de louco barbudo e nem me chama pra conversa?! Isso vai ter volta…"

Já era final de tarde quando constatei que minha menção ao Alexandre Mastrocinque na edição passada não ficaria impune. Para minha sorte, o Sunday Night Extreme Investment Ideas deste final de semana já estava fechado — ao contrário deste escriba, aquele se organiza e faz as coisas com antecedência —, caso contrário seria forte a retaliação…

Melhor não mexer com alguém cujo semblante é tão intimidador. Assim, numa tentativa de escapar de anoitecer dentro de um saco de lixo no fundo da Bay Harbor, convidei nosso açougueiro residente para uma participação neste espaço.

Des(inflação) e calma

Schweitzer: Alê, faça as honras.

Mastrocinque: Bolsa por aqui não consegue ganhar força e opera no zero-a-zero. Destaque para alguns nomes locais — surpreendentemente, varejo em dia bom —, contra bastante pessimismo com exportadoras e commodities de uma forma geral. Dólar é para baixo, mas sem muita convicção.

Já os juros se animaram com os dados de (des)inflação: fechamento significativo das curvas no dia e ao longo dos vencimentos. Lá fora, Bolsas operam no verde, mas também sem muita animação – mercado se preparando para a Páscoa em dia fraco de notícias.

Favas contadas

S: Depois de forte desaceleração em 2017, as expectativas de inflação para 2018 começaram a escorregar para aquém da meta de 4,50 por cento.

M: Bom presságio às vésperas do Copom, hein? E pensar que seis meses atrás ninguém botava fé no Ilan para trazer o IPCA para a meta neste ano…

S: Agora era óbvio. Que seja: pra mim, o corte de 100 é favas contadas e já está no preço. Agora o mercado vai começar a trabalhar em cima do tamanho do ciclo de corte: olha que a Selic em dezembro recuou mais 25 pontos para 8,50.

M: Será que tem espaço pra aumentar o ciclo? Do jeito que a economia está…

S: E o orçamento revisado para baixo, por conta da arrecadação menor que o esperado. Talvez, talvez…

Hamster favorito

Depois de responder às (terríveis) imagens de crianças bombardeadas com gás Sarin (não, Blinder, não é só um “punhado de babies”…), Trump se animou com o pouco de empatia que recebeu: prontamente, um grupo de porta-aviões foi despachado para águas próximas à Evil Korea.

M: O topete, cansado de apanhar dentro de casa, resolveu procurar alguém para bater em outras águas.

S: Sim, já que a Mônica ficou com o Clinton, Trump vai tentar dar jeito no Cebolinha.

M: Os mísseis de Pyongyang têm a mesma autonomia de um drone português, mas a China pode não gostar da ideia de ameaçarem o hamster preferido de Pequim.

S: Hahaha… e o mercado, em meio a isso tudo, continua correndo na sua rodinha de hamster como se nada estivesse acontecendo. Estamos cada vez mais próximos da meia-noite e nada. Não vai ter pânico, é isso?

Teria sido mais fácil

[ S: Enquanto o Ale busca uma água, a conversa é com você]

Eu aprendi a cuidar do meu próprio dinheiro e a investir na marra. A depender da relação que meus pais tinham com a grana, provavelmente eu estaria hoje na rua com uma canequinha na mão.

Me saí bem, mas reconheço: teria sido muito mais fácil se tivesse contado, lá atrás, com o livro da Olívia.

Em Criando Riqueza: Um Guia Prático de Investimentos e Finanças Pessoais para Leigos, ela apresenta o caminho das pedras para o investidor iniciante, com noções fundamentais para uma trajetória saudável na aventura de construção de patrimônio.

Diante do sucesso das edições anteriores, decidimos repetir a dose: estamos oferecendo mais um lote de livros gratuitamente. Se você está começando agora, não deixe de conferir.

Coelhinho versus raposas

Se Trump resolveu marcar a Coreia mais de perto, Temer partiu para o confronto direto na Previdência. O presidente foi, pessoalmente, cobrar apoio da base aliada: ou sai a previdência ou a previdência sai.

M: A gente sabe bem como funciona esse tipo de negociação: até o fim da semana vai ter até ministério da pesca subaquática de vento pra acomodar tanta gente.

S: Subaquática e aérea. E por aqui o mercado também é um pouco complacente, não? Os recuos do governo na semana passada podem impactar orçamento em mais de 70 bilhões de reais por ano, e o cara acha que tá tudo bem…

M: Pelo menos o Planalto segue afirmando que na idade mínima não se mexe e Arthur Maia chegou a prometer que a reforma acabará com os privilégios dos servidores. Aham: e eu acredito no Coelhinho da Páscoa.

S: Claro! Páscoa tá chegando, é hora de acreditar, mesmo. Acho que vai sair UMA reforma, mas será que sai A reforma?

M: A depender daquelas raposas lá, prefiro apostar no coelhinho….

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