ARROZ: Indicador segue em queda; colheita avança lentamente
Os preços do arroz em casca seguem em queda no Rio Grande do Sul. Segundo pesquisadores do Cepea, agentes de indústrias mantêm baixo o interesse por novas compras, adquirindo apenas poucos lotes. Mesmo com o avanço lento da colheita da safra 2015/16 (chuvas atrapalham as atividades), esses compradores estão no aguardo do avanço da oferta, que pode pressionar os valores pagos nas próximas semanas.
Algumas empresas continuam trabalhando com arroz da safra 2014/15 já adquirido, apenas recebendo o da safra “nova” para secagem e/ou armazenagem. Orizicultores, por sua vez, seguem atentos ao desenvolvimento das lavouras, vendendo seus lotes apenas quando há necessidade de “fazer caixa” e/ou cumprir com os compromissos de safra.
Produtores consultados pelos Cepea apontam que, além da menor área, a expectativa é de queda na produtividade. De 8 a 15 de março, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, caiu 1,96%, fechando a R$ 39,99/sc de 50 kg na terça-feira, 15 – o menor valor de 2016. Na parcial de março, o Indicador já teve baixa de 3,78%.
ALGODÃO: Vendedor segue mais ativo e preço, em queda
Os valores do algodão em pluma seguem em queda no mercado interno. Entre 8 e 15 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento 8 dias, referente à pluma 41-4, posta em São Paulo, caiu 2,23%, fechando a R$ 2,4145/lp nessa terça-feira, 15. Na parcial de março (até dia 15), o Indicador registra baixa de 4,36%.
Segundo pesquisadores do Cepea, o ritmo de comercialização algodão em pluma voltou a ficar lento no mercado spot. Apesar do maior número de intenções de venda em relação às de compra, o que limita os fechamentos é a disparidade entre os preços pedidos e ofertados e também a qualidade da pluma.
Agentes de indústrias demonstram interesse por pequenos lotes, mas ofertam valores inferiores aos pedidos pelos vendedores. Cotonicultores, mesmo mais ativos, estão firmes nos valores pedidos, mas comerciantes têm sido mais flexíveis quanto aos preços de venda.