CAFÉ: Cotações do arábica e do robusta seguem firmes
Em janeiro, as cotações do café arábica oscilaram fortemente, mas encerraram o mês em alta no mercado brasileiro. E as cotações da variedade ainda devem seguir firmes pelo menos até próximo à colheita, pois os estoques seguem limitados e a oferta de cafés de qualidade superior, restrita.
Já nos três primeiros dias de fevereiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, permaneceu praticamente estável (-0,04%), a R$ 496,98/sc nessa quarta-feira, 03.
No mercado de robusta, o cenário também foi de alta. Em janeiro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ tipo 6 peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, foi de R$ 389,27/sc, valor 2,71% superior ao de dezembro/15 e a segunda maior para um mês de toda a série do Cepea (iniciada em 2001) em termos reais, atrás apenas de dezembro/11.
Para o robusta tipo 7/8 bica corrida, a média mensal também teve avanço de 2,9%, com média de R$ 378,49/sc. Em fevereiro, o Indicador acumula caiu leve 0,48%, a R$ 395,58/sc no dia 03.
BOI: Carne bovina perde competitividade frente a substitutas
Nos segmentos de reposição e de animais para abate, o movimento foi de alta na virada do mês. Operadores comentam que tem havido aumento da demanda por bezerros, dado que as pastagens estão se recuperando. Apesar disso, persistem as dúvidas quanto ao retorno a ser obtido diante dos preços pagos atualmente – considerados altos.
Já com relação à carne com osso, a diferença de preços do dianteiro bovino em relação ao frango inteiro resfriado e à carcaça especial suína é a maior para um mês de janeiro de toda a série Cepea. A perda de competitividade da carne bovina se explica pela valorização que teve em janeiro, período em que as substitutas recuaram.
Com relação ao mercado de animais para abate, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (estado de São Paulo) segue predominantemente em alta de 0,9% nos últimos sete dias, a R$ 151,95 nessa quarta-feira, 03. Com disponibilidade limitada de animais prontos para abate, muitos pecuaristas mantêm-se recuados, o que favorece os ajustes da arroba.
SUÍNOS: Vivo e carne continuam desvalorizados
Os preços domésticos do suíno vivo e da carne seguem em queda, influenciados pela ampla oferta. Com os valores do milho e do farelo de soja bastante elevados, suinocultores têm aumentado os abates, em uma tentativa de economizar com a alimentação e manter suas margens. Nem mesmo o maior volume exportado de carne suína in natura em janeiro foi suficiente para estancar as quedas no mercado nacional.
No mês passado, foram exportadas 39,14 mil toneladas de carne suína in natura, 4,1% a mais que em dezembro e expressivos 64,5% acima dos embarques de janeiro/15. Apesar de atípico para o período, esta alta era esperada por alguns agentes do setor em função do dólar valorizado. Em janeiro, a receita foi de R$ 286 milhões, um recorde para o período e 68,7% maior que a de jan/15. Em dólar, o faturamento foi de US$ 70,75 milhões, com aumento de 9,7% sobre o mesmo período do ano passado.