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Curioso? Fiquei...

Publicado 07.05.2015, 20:55
Atualizado 14.05.2017, 07:45

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A ata da última reunião do Copom, documento que poderia sinalizar alguma coisa sobre os próximos movimentos da Selic, não trouxe grande novidade neste sentido:

“O Copom reafirma que a política monetária deve manter-se vigilante”.
E
Os esforços para combate da inflação “ainda não se mostram suficientes”.

Resumindo...

Se alguém ainda esperava indicação de fim do ciclo de alta da taxa de juros, agora não resta mais dúvida.

O documento sugere um Copom um pouco mais hawkish (agressivo) do que se supunha previamente e começa a ganhar força aposta de novo aumento de 50 pontos-base na Selic.

Jogo dos 7 erros

Para quem gosta de abusar das entrelinhas, a ata do Copom trouxe uma novidade:

de:
“O cenário de convergência da inflação para 4,5% em 2016 tem se fortalecido”
para:
“O cenário de convergência da inflação para 4,5% no final de 2016 tem se fortalecido”

Notou a sutileza?

PS: O Copom notou o arrefecimento do mercado de trabalho... Pudera: a taxa de desemprego pulou de 6,5% (no último trimestre de 2014) para 7,9% (no primeiro trimestre de 2015). Aqui, infelizmente, não teve sutileza.

15 anos depois... (lá fora)

“Claramente, inflação baixa por um tempo implica menos incerteza a respeito do futuro, e a exigência de prêmios de risco mais baixos implicam alta nos preços de ações e outros ativos. Mas como saberemos quando a exuberância irracional está inflando indevidamente os preços dos ativos, tornando os mesmos sujeitos a contrações inesperadas e prolongadas como as vistas no Japão na década passada?”

Foi o discurso da presidente do Banco Central americano, Janet Yellen, ontem?

Não, foi o famoso discurso do (então) presidente do BC americano, Alan Greenspan, antes do estouro da bolha pontocom.

Mas poderia ser o discurso de Janet Yellen ontem que, com outras palavras, alertou para a mesma coisa.

Quando do seu discurso, Greenspan provocou uma queda imediata da ordem de 3% nas Bolsas asiáticas, que estavam abertas no momento de sua declaração em cadeia nacional. Dejá vù?



“Exuberância irracional”

A título de curiosidade, o livro de título “Exuberância Irracional”, de autoria de Robert Shiller, veio depois da declaração de Greenspan, em 2000, mas até hoje há dúvidas se Shiller inspirou Greenspan, ou Greenspan inspirou Shiller.

Shiller ganhou o Nobel de economia justamente por sua análise empírica dos preços dos ativos.

Sim, ele mesmo, o prêmio Nobel Shiller que alerta para o estouro da bolha imobiliária brasileira.

Curioso? Fiquei...

Por um bom tempo, o M5M questionou as queimas sucessivas de caixa da PDG (PDGR3), e a insustentabilidade de sua estrutura de capital.

Enquanto isso, as ações da incorporadora, no decorrer desse debate, foram da casa de R$ 9 para R$ 0,5.

PDG surpreendeu-nos com uma boa geração de caixa no primeiro trimestre, de R$ 410 MM. Endereça o problema? Não nos parece ser o caso. A incorporadora carrega problemas antigos de um legado problemático e da dificuldade de ter de reduzir o tamanho da operação (os lançamentos são consumidores de caixa inicialmente), enquanto a dívida é muito grande.

“Ah, mas o aumento de capital não ajuda?” Diluições à parte, certamente sim. Mas talvez não resolve o problema. Ainda são R$ 6,4 bi de dívida líquida e R$ 823 MM no cronograma de amortização só no terceiro trimestre.

Melhor que o Goldman?

Copio abaixo, ipsis literis, trecho do Vida PRO desta manhã, contendo análise dos resultados do banco BTG.

Fica como convite para o leitor conhecer o relatório publicado diariamente antes da abertura do mercado, que compõe, junto ao M5M, o pacote de informação financeira mais completo e acessível do mercado de capitais brasileiro.Não há, nem de perto, algo deste nível (qualitativo e quantitativo) por esse preço.

Um ROE de 18% poderia ser bom para empresas normais, mas não é tão bom para um banco de investimentos que se presta a ser "Better than Goldman". Receitas subiram 15% ano contra ano, para um lucro praticamente estável. A desculpa para isso esteve nos impostos, mas o acionista não vai se consolar por tal motivo (taxes are never an excuse).

Se analisarmos linha por linha das receitas, perceberemos que o que é ruim é de fato ruim, mas o que é bom não é tão bom.

Principal investments foi trágico, com perdas de R$ 444 milhões no 1T15, sobretudo advindas do impairment parcial de Sete Brasil (não temos visibilidade sobre futuros impairments de Sete Brasil ou das demais participações). Essa cifra só não se fez pior graças à valorização de Br Properties no período. No entanto, BRPR3 subiu de carona numa OPA que corre sérios riscos de não ocorrer.

Receitas de investment banking sofreram retração de -42% YoY, refletindo um mercado parado. Receitas de asset management caíram 23% YoY, a despeito do aumento de assets under management - o que não é um bom sinal.

Banco Pan continua sendo Panamericano, contribuindo negativamente em R$ 25 milhões. O grande turnaround prometido por ora se resume à marca.
Wealth management não atrapalhou, nem ajudou. E a linha de interest não traz valor agregado para o resultado (é inclusive retirada do cômputo de bônus), pois é uma derivada de Selic.

O que sobrou de bom?

Receitas de corporate lending se recuperaram um pouco depois de um 4T14 sofrível, mas o discurso por trás disso não é bullish, mas sim defensivo. Essa recuperação decorreu de (i) melhor recuperação de créditos defaultados e (ii) critérios mais rigorosos para a renovação dos empréstimos. A carteira de crédito do BTG recuou 6% QoQ.

Não é exatamente algo a se comemorar. Além disso, a classificação de risco da carteira piorou bastante QoQ para os nichos F e H, de alto risco. O nicho A, de baixo risco, caiu de R$ 17 bi para R$ 13 bi.

Quanto a sales & trading, famoso por salvar o consolidado, ponderamos o crescimento de 34% YoY das receitas vis-à-vis o aumento no risco de mercado, que impactou o VaR e o Basileia do banco. Mais retorno com mais risco não é necessariamente sustentável.

Num detalhe aparentemente alegórico, mas que afeta seriamente a performance do banco, os bônus caíram muito. Bancos de investimentos são movidos por pessoas que são movidas a bônus. É o motor da instituição, e falta combustível nesse motor.

Em paralelo, sobre o interesse de BTG no HSBC Brasil, não vemos isso como um driver positivo, mas sim potencialmente negativo. Santander tem R$ 600 bilhões em ativos e é um banco coadjuvante no Brasil. A união entre BTG e HSBC resultaria em metade do Santander. HSBC Brasil vem de um prejuízo de US$ 250 milhões em 2014; não é exatamente um ativo disputado. Vem à tona a interpretação de que o Bacen barraria uma eventual compra do HSBC por Bradesco ou Santander. Ok, até faz sentido. Mas quem disse que Bradesco ou Santander querem comprar o HSBC?

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