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Câmbio: Enorme Oportunidade para Poucos Ganharem e Muitos Perderem

Publicado 08.10.2014, 07:32

Costumamos enfatizar que o mercado de câmbio não é para principiantes e, neste momento, esta observação ganha letras garrafais.

Convenhamos, mesmo que o candidato Aécio Neves venha a ser o vencedor do pleito para a Presidência como almeja o mercado financeiro, não há como acontecer ajustes imediatos no câmbio e na política cambial no curtíssimo/curto prazo.

O que se presencia neste momento pós 1º turno é um excessivo otimismo em relação a algo irrealizável de imediato, mas tão somente à longo prazo, se tudo for feito certo e a repercussão positiva a ponto de recompor a credibilidade e atratividade do país.

O processo de reversão da política cambial intervencionista só será possível com a recolocação do país em rota de crescimento, alicerçada por política econômica que assim o impulsione e possibilite que gradualmente reconquiste a credibilidade perdida, inclusive na moeda que está com o preço ancorado em US$ 100,0 Bi de contratos de swaps cambiais.

O país precisa evidenciar-se atrativo aos investidores estrangeiros e com isto recuperar fluxos de recursos externos líquidos em grande volume, que permita o desmonte da intervenção presente e a elevação das reservas cambiais atuais.

Por isso a tentativa de induzir o preço da moeda americana a uma precificação imediata de um fato – provável eleição do candidato Aécio Neves - que o mercado propaga como possível, como se fosse fácil o alcance sem atalhos de um novo cenário para o câmbio no país, é absolutamente sem fundamentos.

Inevitavelmente o preço da moeda americana não será alterado em sua trajetória normal “no grito ou no anseio”, pois não é possível alterar a política intervencionista presente no curto prazo sob o risco de promover uma alta quase incontrolável, pois o preço ficaria sem a ancora representada pelo expressivo volume “em ser” de contratos de swaps cambiais, que é o “fiador” que dá suporte ao preço atual da moeda nacional, que está sem credibilidade, dado o “status quo” da situação econômica e fiscal do país.

Não adianta aventarmos o fato de o país ter US$ 376,0 Bi de reservas cambiais, tendo em vista que o mais recomendável é que não as utilize, pois poderia ser considerado mais um sinal de fragilidade e estimular um movimento especulativo sobre o real.

Há grande probabilidade de o país ter que conviver com expressivo volume de saída de recursos caso o FED antecipe as mudanças na política monetária americana, e, ainda há no país um volume considerável de capitais especulativos com propensão a sair e cujos investidores detentores dos mesmos podem estar atuando fortemente na apreciação do real, valendo-se do fato eleitoral, para saírem com seus lucros e mais dólares na conversão.

É natural também que ocorra uma interrupção nos fluxos de IED´s para o país, que assim ficaria em “observação” até que seja dado a conhecer o resultado das eleições e os novos programas econômicos, por parte do candidato que for eleito, já que o quadro macroeconômico do Brasil exerce baixíssima atratividade.

O Boletim FOCUS está projetando crescimento do PIB brasileiro este ano em 0,29%; o Banco Mundial em 0,5% e o FMI em 0,3%. A inflação beira o teto máximo da meta, a política fiscal está deteriorada e a indústria brasileira está encolhendo com projeção de menos 1,95% e se transformando em importadora; o déficit em transações correntes tende a expansão. Este conjunto de indicadores tende a neutralizar os fluxos externos e a atratividade do país.

Hoje ocorrerá a divulgação da Ata do FOMC e qualquer sinalização ainda não percebida quanto a mudança da política monetária poderá dar o motivo para a reversão da queda de ontem e assim poucos ganharão e muitos perderão.

Enfim, não há tendência identificável e sustentável nestes movimentos, há natural especulação e a volatilidade interessa somente ao especulador.

Naturalmente, o BC tem perfeita noção do que está ocorrendo e não interfere porque sabe que daria mais motivo para volatilidade neste momento do que contenção da mesma.

Como temos salientado o câmbio ainda deve piorar para depois melhorar, e não devemos ter dúvidas que a política intervencionista ainda perdurará por um bom período do novo governo, mesmo que este tenha o anseio e a predisposição de revertê-la.

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