Banco do Brasil vê 3º tri ainda "estressado" por agro, mas melhora no 4º com margem financeira
Nem nos piores sonhos alguém poderia imaginar que 2020 seria um ano tão desafiador. Tivemos que aprender a lidar com um novo vírus ao mesmo tempo em que toda a cadeia produtiva foi afetada de alguma forma. O desemprego disparou e o governo precisou injetar recursos na economia. O cenário, que começava a mostrar alguma recuperação depois da crise de 2014, se deteriorou de uma hora para a outra e criou um ambiente de incertezas.
Durante o MB Experience 2020, evento online promovido pela Monte Bravo, a contraposição de opiniões de Rogério Xavier, da SPX, e de Luiz Alves, sócio da gestora Alaska, sobre os rumos da economia brasileira, chamou atenção.
Segundo Rogério, apesar de um cenário de expansão monetária e de crédito no mercado internacional, o Brasil passou longe de ter feito o dever de casa e preparado as bases para um crescimento sustentável nos próximos anos.
De acordo com ele, o Brasil precisa de algumas medidas e tanto o poder executivo quanto o legislativo não têm senso de urgência em relação ao encaminhamento fiscal.
De uma forma geral, Rogério se mostrou um tanto pessimista em relação aos próximos anos, mesmo com a demanda internacional em alta. E declarou em uma fala um tanto polêmica: “Se não houver o ajuste, a dívida vai explodir. Quem quiser financiar o Brasil, que financie. Eu não vou”.
Por outro lado, Luiz Alves comparou o atual cenário com o vivido na crise de 2014 e ressaltou que, apesar da lentidão, temos um governo diferente do que havia lá atrás e que as reformas serão realizadas.
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O economista destacou que os setores da indústria, mineração e agricultura, que hoje ainda representam um percentual pequeno do PIB, vão ajudar o país na retomada.
De acordo com ele, o Brasil exporta dezenas de produtos que o mundo inteiro precisa e está muito claro que a máquina pública será reduzida. Além disso, ele disse que acredita que se o mundo andar, o nosso país andará muito mais.
Contudo, fez uma ressalva: é uma aposta boa, mas envolve riscos!
Em um duelo de gigantes, é difícil dizer quem está certo ou não. Diante de um cenário de incertezas, no entanto, é preciso que o investidor se mantenha informado e atento ao mercado.
Além disso, diversificação é a regra do momento. Pode parecer clichê, mas alocar o seu dinheiro de forma inteligente e equilibrada fará toda a diferença no futuro!