Nos últimos dias de 2016, o governo dividiu com o Brasil a mais nova mudança em relação ao famoso Fundo de Garantia do Tempo de Serviço: novas regras de saque. A partir da instauração da Medida Provisória nº 763/2016, em dezembro, milhares de trabalhadores se viram com a possibilidade de sacar o dinheiro que se encontrava em contas inativas do FGTS.
Com um capital não tão esperado disponível, dúvidas em relação à destinação desse dinheiro surgiram em peso. Como o Fundo de Garantia apresenta uma rentabilidade significativamente inferior em relação a várias outras modalidades de investimento - apenas 3% ao ano somado à correção monetária - é importante planejar muito bem os próximos passos em relação a essa quantia.
Quem pretende fazer parte do grupo de pessoas que aproveitará a oportunidade de sacar o FGTS, mas deseja ainda estabelecer uma carteira estável de títulos de Renda Fixa, as opções mais interessantes do momento podem ser os papéis federais prefixados e aqueles indexados à inflação. Optando por eles, é possível conseguir um rendimento significativamente superior ao do próprio Fundo de Garantia e manter esse dinheiro como uma reserva para o futuro.
Para aqueles que buscam rentabilidades ainda maiores, mesmo em modalidades sujeitas ao risco, o mercado de ações se enquadra como uma excelente opção. O interessante deste tipo de investimento é sua possibilidade de se adequar a perfis e objetivos diferentes. Assim, o FGTS deixará de ser apenas uma reserva emergencial e poderá assumir uma posição geradora de renda.
Para os que preferem ganhos no curto prazo, as operações conhecidas como “Day Trade” são a resposta. Elas criam excelentes oportunidades de ganho e possibilitam que o investidor aproveite a volatilidade diária do mercado. Já para aqueles menos arrojados, que buscam ganhos em períodos maiores, as operações de longo prazo se encaixam melhor.
É bem simples entender o potencial da Bolsa de Valores brasileira. Para traduzir essa afirmação em números, tome o ano de 2016 como base. Neste período, a Bovespa conquistou a posição de investimento mais rentável do mercado, acumulando um crescimento de 38,93%. E esse ano não está sendo diferente: apenas neste início de 2017, a Bolsa já subiu mais de 15%.
A melhora das expectativas em relação à economia brasileira é vista como um dos principais motivos para esse movimento da Bolsa. Esse sentimento é confirmado muito pelos indicadores repassados pelo Banco Central, através do Relatório Focus. Percebe-se uma tendência de inflação abaixo do centro da meta e a Selic em 9,5% para o ano, aquecendo as expectativas do investidor.
Como foi dito anteriormente, a Bolsa de Valores se adequa a diferentes perfis de investimento. Para cada um deles, uma carteira diferente seria a resposta para uma melhor rentabilidade. Entretanto, estratégias diferentes muitas vezes englobam ativos semelhantes - tudo de acordo com o momento e a dinâmica do mercado.
O setor que atualmente ganha muito destaque no radar de milhares de investidores é aquele regido pelo minério. As ações da principal mineradora do país - a Vale - apresentaram, já neste ano, um forte crescimento. Influenciada principalmente pela cotação do minério, sua principal commodity, a ação VALE5 (SA:VALE5) acumula, desde o primeiro pregão do ano, mais de 40% de valorização.
As perspectivas em relação à nossa maior estatal também agradam muitos investidores. A principal ação da grande Petrobras (SA:PETR4), entrega desde o início do ano uma valorização acima de 8%. A mudança de gestão e a maior responsabilidade estrutural da petrolífera prometem continuar gerando bons resultados para a companhia.
Essas são algumas das muitas opções que os trabalhadores terão para investir assim que sacarem o saldo do FGTS. Para quem ainda não tem certeza se é elegível para receber o benefício, é possível consultar o saldo do FGTS de contas inativas. Uma vez que estiver tudo confirmado, o primeiro passo é planejar para dar um melhor destino a esse capital.