Em momentos de incertezas no mercado, é comum que a pressão vendedora seja maior que a força compradora. Mas e quem está olhando para as oportunidades em vez de zarpar para longe?
Diante do atual cenário, temos basicamente dois fluxos compradores no Ibovespa: as empresas adquirindo suas próprias ações e os investidores estrangeiros comprando ativos brasileiros.
Programa de recompra de ação aumentou em 2021
Com bolsa sob forte pressão vendedora, empresas que consideram que o preço atual de seus papéis está abaixo dos níveis considerados por elas como o valor justo abriram programas de recompra de ações numa forma de remunerar seus investidores.
Segundo a base de dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), foram 108 programas abertos no ano passado, contra 75 anunciados em 2020, o que representa uma alta de 44 por cento.
A onda de anúncios parece se estender por 2022 com nove empresas que anunciaram novos programas de recompra de ações até segunda-feira, 17.
E como a recompra gera valor ao acionista?
A recompra é uma das formas da empresa beneficiar os acionistas porque acaba diminuindo a quantidade de ações em circulação. Com isso, o lucro por ação tende a subir.
Movimentação estrangeira na bolsa
Outra força compradora é a entrada de estrangeiros na bolsa brasileira. Olhando para o ano passado, a movimentação líquida (compras, IPOs, follow-on, vendas) dos estrangeiros na B3 (SA:B3SA3) foi enorme e atingiu o recorde de 102,3 bilhões de reais.
Fonte: B3. Elaboração: Nord Research