Garanta 40% de desconto
🚨 Mercados voláteis? Descubra joias escondidas para lucros extraordinários
Descubra ações agora mesmo

“Dólar Alto” Está Perdendo Sustentação “Muito Alto”, Tende a Ceder!

Publicado 02.09.2020, 07:00
Atualizado 09.07.2023, 07:32

É inquestionável que o “câmbio alto juro baixo” é parte integrante do programa de governo e foi incentivado com o objetivo de “baratear” o país ao investimento externo, motivar o setor exportador e seus investimentos, tornar os programas de privatizações atraentes, etc..., focando a geração de emprego e renda, numa estratégia reabilitadora da atividade econômica que se mostrava combalida, lenta e contrariando as expectativas governamentais.

Efetivamente, não parece ter logrado os anseios maiores, a despeito dos benefícios para o agronegócio e para o governo que vendeu parte diminuta das reservas cambiais a preço aviltado e com o juro baixo, consequente da inércia irrecuperável da atividade econômica com reduzida inflação, aliviou o custo de carregamento da Dívida Pública.

Muito pouco face à abrupta mudança e o discurso governamental eloquente.

Na realidade o governo foi um bom “trader” e é possível acreditar que desejaria vender mais reservas cambiais a preço aviltado do que conseguiu efetivamente, pois isto teria reduzido a Dívida Pública de forma real e irreversível.

Neste “ínterim motivacional” desde a virada do ano com o preço do dólar em R$ 4,00, arrastado por especulação que tomou carona no discurso estimulador do governo o preço chegou a indesejáveis R$ 6,00, assustou e impôs ao BC intervenção retórica e também efetiva mais contundente que o trouxe ao intervalo de R$ 5,00 a R$ 5,50, que parecia tranquila e sustentável,  mas que neste momento evidencia ser mais tendente à proximidade R$ 5,00, já que face ao cenário externo e ao ambiente interno calmo em torno das demandas previstas para o mercado de câmbio a vista, podemos até afirmar que mesmo assim ainda estará “alto”, provavelmente agregando na precificação já os impactos da deteriorada situação fiscal do país.

Apostar contra o real na atualidade pode ser efetivamente um mau negócio e a tendência é acentuar o desmonte de posições nesta linha.

Na realidade ocorre a fragilização dos alicerces em que foi montada a tese do câmbio alto, que não tendo gerado os benefícios maiores objetivados, nesta altura pode exercer pressão contributiva contrária ao juro baixo, ao ser fomentador de inflação.  

Há muitas incertezas ao longo deste quadrimestre que se inicia, e embora a queda do PIB de 9,7% no 2º trimestre após 2,5% (revisado) no 1º trimestre, tenha sido recebida com tranquilidade, é importante não se perder de vista que “caiu pouco porque já estava no chão na pré-pandemia”, algo como 1% positivo em 2019.

Internamente apurada a dimensão da queda do PIB já se realizam revisões nas perspectivas para o 2º semestre deste ano, que resulta  como mediana queda de 5,3% no ano,  prospectando uma coletânea de melhoras em quais assentam o otimismo, menosprezando contudo alguns riscos efetivos e relevantes na trajetória, como o risco fiscal presente que é neutralizante as ações de governo em áreas fundamentais e também a redução dos programas assistenciais emergenciais  do governo que tem suprido com renda e capacidade de consumo uma expressiva massa de beneficiários carentes, e que deverá ter reflexos na demanda no varejo e por conseguinte na indústria.

Romper o teto de gastos, seja com qual “bicicleta” for, será um risco relevante que poderá atingir o driver mais importante que é o juro baixo, que já tem curva insinuando fragilização em outubro e que dá relevância  a declaração do Ministro Guedes “condições para rolagem da dívida estão se agravando”, que é um sinal ruim.

Oportunisticamente o Ministro Guedes “planta” a percepção de que há sinalização de recuperação em “V”, mas como consideramos que a base antecedente é muito fraca para promover reimpulsão rápida preferimos continuar avaliando que a colocação do Presidente do BC, Campos Neto, de que poderá ser em “V mais aberto”, que traduzido deve ser igual a “U”, portanto mais lenta e gradual, sendo plausível admitir-se que o “novo normal” do consumo, excluído o consequente dos programas assistenciais, será bem diferente do antecedente à pandemia e, face à experiência vivida, pelo menos em princípio a população deve acentuar a poupança de recursos e não o dispêndio.

Será interessante observarmos as novas projeções, normalmente menos contaminadas por anseios normais internos, do FMI e do Banco Mundial após a divulgação do PIB do 2º trimestre do Brasil, que estavam para o ano em 9,1% e 8,0% respectivamente.

Com a atividade econômica em frangalhos e sem homogeneidade e perspectivas sustentáveis, certamente, os recursos estrangeiros, seja para investimentos em conta capital seja em renda variável, não sentirão atratividade no país.

Nossa visão a respeito da Bovespa não é otimista em relação a este quadrimestre final do ano. A economia como um todo não ajuda e a Bovespa já foi beneficiada por expressivo volume de recursos de investidores pessoas físicas deslocados da renda fixa para a variável e não encontrou sustentabilidade para a “grande arrancada” tão decantada e, agora, pode ter até um refluxo deste capital para a renda fixa debilitada por não ter “entregue as expectativas”.

Ocorrem “espasmos” ancorados em anúncios do governo, tais como programa de privatizações, reforma tributária e, agora, reforma administrativa, mas a gestão dos mesmos e tramitação política não tem a rapidez que se buscar repercutir no mercado financeiro, em especial Bovespa.

No fundo o que predomina é  certa tensão sobre como o governo vai equacionar a absoluta necessidade de manter o auxílio emergencial à população carente, também por interesses políticos, sem extrapolar o teto orçamentário, num ambiente de “cobertor curtíssimo”.

O Brasil está precisando de perspectivas novas e contundentes e, em realidade, não há esta percepção no curto prazo.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Últimos comentários

Meu Deus, que artigo temerário e contraditório! Nao há como saber o rumo a curto prazo do dolar, em vista das eleicoes dos EUA e injecao de dinheiro no mercado pelo mundo. Mas, é um fato que a conta da parada de atividade pela quarentena vai pesar mais no Brasil do que nos EUA, onde nao há necessidade de reformas estruturais e marcos regulatórios.
A ecpnomoa americana recupera-se muito rápido de crises economicas, mormente aquelas que nao sao de origem financeira.
Claro que vai despencar. Especuladores com o k´na mão.
E aí os lerdos dizem que a culpa é do Guedes e Bolsonaro. Vào lá comparar a economia de vários países de 1o mundo com a nossa o quanto foi afetada diante da pandemia. Nós sairemos dessa primeiro que a maioria deles. E aposto que o dólar cai...
Eh por aí mesmo. Gringo não quer saber mais do Brasil. Paulo Guedes não consegue mais vender o Brasil pro estrangeiro. Basta olhar o leilão de fechamento da segunda-feira e ver a quantidade de fundo vendendo.
A análise é perspicaz, mas o texto não poderia ser mais mal escrito. Umas cem vírgulas a mais não lhe fariam mal.
Vc aparenta não entender nada do que lê mas poderia ser professor de português...rsrs Quando não tiver o que falar é melhor ficar calado.
 se não está aberto à crítica, não deveria apresentar seu conteúdo em meio público.
  VOCÊ PODE "DISCORDAR" DO CONTEUDO SE ENTENDER DO MESMO, FAZ PARTE DO DEBATE, MAS NÃO ENTENDENDO QUERER DISCURTIR "PORTUGUÊS" NÃO TEM NADA A VER,  SEU COMENTÁRIO RESULTA SEM FOCO.
a análise é muito perspicaz, mas o texto é muito mal escrito. Algumas cem vírgulas lhe cairiam bem.
Muito boa sua analise
A desvalorização da moeda não é exclusividade brasileira. Autralia, por exemplo, possui cambio 30% mais fraco se comparado ha um ano..... O resultante do cambio mais fraco dada a nao arbitragem deveria ser visto com pragmatismo, uma vez que, teoricamente, estamos deixando de pagar mais impostos no longo prazo para rodar nossa divida. O timing nao se casa, porem, passando por uma das maiores crises já vistas no mundo, como seria se o juros estivesse alto, contas do governo nao fechando MAIS e a industria interna tendo de pagar mais impostos e eventualemnte maiores taxas de juros para se financiarem?! Muitas visoes conflitantes se apresentam na discussao cambial, sendo muitas deles com visoes parciais......
O importante é o fundamento é não o achismo. veja eu escrevi ontem a noite e olhe a tela hoje Bovespa é dólar conferem com o meu ponto de vista. E veja o dólar está forte no exterior e cai aqui como coloquei.
 Achei a análise bastante acurada. Só não enfrentou uma das teses do BC, de que muitos estão vendidos no Real para "hegde", mormente de posições compradas nos EUA. Com as bolsas lá aumentando dia a dia a probabilidade de correção, não vejo motivação para o desmonte dessas operações vendidas. Claro, não sou especialista e posso estar enganada, por isso o questionamento.
Real em voo de galinha contra o dólar, rsrs... logo a realidade se manifestará com dólar batendo perto dos 6! eleições americanas, tensão contra China e nossa bagunça interna de toda sorte farão o serviço para o dólar!
olha a tela e veja Bovespa e dólar e releia o post. Eu escrevi ontem a noite. Bingo!
 Perfeito! está bom para entrar nos três mosqueteiros defensores: dólar, euro, ouro! Abs.
precisa entender o fundamento e não o achismo.
Sem peixe pequeno como alimento, nao tem peixe grande...
Aqui o peixe pequeno é o BC. Ele que serve o alimento aos tubarões, frase que pode ser transcrita  como Ele que SE serve DE alimento para os tubarões. O BC é o alimentando e a comida. Dá uma olhada no vencimento dos swaps cambiais e depois nos diz.
Analistas escrevendo e fazendo o impossível para estancar a debandada da renda variável para os ativos de reserva de valor... esqueçam....ao explodir a bolha o dólar vai as altura e principalmente o euro e o ouro. Longe de torcer por isso e ser contra o Brasil... mas simplesmente é a realidade do mercado, realidade essa que os redatores teimam em maquiar.
olha a tela veja bolsa e dólar e releia o post. aprenda!
 Releia p fvr o que escrevi... QUANDO a bolha ...
ISSO, caiam nessa de vender suas posições de dólar... depois chorem.
A inflação está aí e de forma irreversível. Esse governo fez tudo errado. A conta do dólar alto chegou este mês. Quem pretende construir vai sentir o peso da inflação. Quem está acostumado a ir em supermercado vai assustar. Com inflação não se brinca. Se o dólar não cair pra 5 reais logo, será uma catástrofe. Quem viveu antes do plano real sabe do que estou falando.
Eu acho que sua matéria foi comprada. Estão tão desesperados que querem que os investidores realizarem o lucro, único meio do dólar cair, já que não querem aumentar a taxa Selic. Apostar contra o real é um tiro certo. Até 2022 o dólar chegará a patamares históricos. Não existe como real se valorizar com uma taxa de juros tão baixa.No Governo FHC ela chegou a 45%, nos governos do PT 8,5%.. No governo Temer foram até onde poderiam ir e foi uma médica acertada, porque não afugentou os investidores estrangeiros.. Agora 2%? Isso é um crime contra o país..
olha a tela e veja Bovespa e dolar e releia o post.aprenda! eu escrevi ontem a noite.
É evidente, todo rentista deseja juros mais altos!!!
Execelente análise Sidnei, como sempre. Desafio enorme para a equipe econômica no horizonte e consequentemente para o Brasil. Não gostaria de estar no “corner” com eles, porém, na torcida para que tomem decisões que se mostrem eficientes.
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.