Na semana passada o mercado terminou estressado com fala de Haddad na Febraban. Ele disse que a prioridade de Lula na largada do mandato é a reforma tributária, criticou a "desorganização do orçamento público" no governo Jair Bolsonaro, mas não tocou na questão do teto dos gastos. O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,4105, mas chegou a operar até acima de R$ 5,42. Dólar deve ter mais espaço para subir se confirmado Haddad na Fazenda. O problema foi não mencionar na palestra o controle de gastos públicos, e anunciar intenção de taxar patrimônio.
A agenda está cheia no Brasil esta semana. Hoje dados do crédito, amanhã o IGP-M de novembro, na quarta-feira definição do dólar PTAX e volatilidade garantida, na quinta-feira o PIB do terceiro trimestre e o PMI industrial, e na sexta-feira a produção industrial e o IPC da FIPE. E hoje menos liquidez no mercado devido ao jogo do Brasil na Copa do Mundo.
Quanto a PEC da Transição, esperamos que nesta semana seja definido valor que ficará fora do teto e por quanto tempo. Mercado também está na expectativa pela nomeação de quem substituirá Paulo Guedes na pasta da Fazenda e se será criado novamente o ministério do Planejamento e quem ocupará a principal cadeira por lá.
Nos EUA, agenda também está cheia, e saem indicadores muito importantes, a confiança do consumidor que sai amanhã, o ADP e o PIB do terceiro trimestre, na quarta-feira, PCE (índice de inflação preferido do Banco Central americano), na quinta-feira e payroll na sexta-feira. Além de tudo isso, mercado deve prestar atenção na fala do chairman do Federal Reserve Jerome Powell na quarta-feira, e de outros diretores do Banco central no decorrer da semana.
Na Europa, o índice de preços ao consumidor sai na quarta-feira, quinta feira o PMI industrial, o índice de preços do produtor sai na sexta-feira. Além de tudo isso, a França pode tentar negociar algumas isenções de taxas e limites impostos pela lei anti-inflacionária dos Estados Unidos, mas a Europa deve agir para proteger os interesses econômicos do bloco. Os europeus dizem que o enorme pacote de subsídios para proteger os fabricantes norte-americanos sob a Lei de Redução da Inflação pode ser um golpe letal para suas indústrias, que já estão sofrendo com os altos preços da energia causados pela invasão russa na Ucrânia.
Vamos ver se o euro vai se manter descolado do dólar. O euro subiu semana passada para o o nível dos últimos picos de julho contra o dólar, impulsionado por evidências iniciais de que a desaceleração econômica europeia antecipada pode não ser tão ruim quanto se temia recentemente
Na China, saem os PMI industrial, de serviços e composto na terça-feira. E vamos acompanhar a situação do covid por lá. E infelizmente continuamos atentos à guerra na Ucrânia.
Para você acompanhar hoje temos ainda discurso de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), o discurso de John Williams do Fomc, os números do tradicional boletim focus que sai todas as segundas-feiras e torcer pelo Brasil na copa e na economia, quem sabe as dúvidas e incertezas sobre a PEC e nomeação dos ministros saem nesta semana.
Força aí turma, muito lucro e cuidado com a volatilidade pois quarta feira temos a Ptax de fechamento de mês. Bons negócios a todos e excelente semana!