Bom dia, mercado do câmbio. O dólar à vista fechou o dia ontem cotado a R$ 6,1243 para venda, conforme informado pela mesa da corretora Getmoney.
Foi um dia de volatilidade extrema. Tivemos na mínima a cotação de R$ 6,1063 e na máxima de R$ 6,29995. A queda de mais de 2% veio após dois leilões de 8 bilhões de dólares feito pelo Banco Central em dois lotes, um de 3 e outro de 5 bilhões. O volume foi o mais alto para uma sessão desde 1999.
A fala do futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo, durante coletiva de imprensa do Relatório Trimestral de Inflação, também ajudou a nossa moeda. Ele defendeu a meta de inflação e um ajuste fiscal contínuo. A volta de Lula à Brasília também acalma os investidores, no sentido de ajudar na tramitação do pacote fiscal no Congresso.
O estresse no mercado de câmbio se deve totalmente à questão fiscal, por ser a última semana para aprovar isso antes do recesso de fim de ano. A aprovação ontem, da Proposta de Emenda à Constituição que restringe o acesso ao abono salarial tirou um pouco do desespero do mercado. Após o fechamento do mercado, a Câmara aprovou a PEC que diminui despesas obrigatórias do governo federal, mas com desidratações, agora falta a análise do Senado.
Vamos ver hoje se aprovam mais coisas do corte de gastos e se haverá mais leilão de dólares. No after market o dólar futuro já estava acima de R$ 6,15 novamente.
No calendário econômico para hoje acompanharemos aqui no Brasil a confiança do consumidor de dezembro, medida pela FGV (8:00 hrs) e a Receita Tributária Federal de novembro (10:30 hrs). Nos EUA, discurso de Mary Daly, do Fomc (9:30 hrs), PCE de novembro (10:30 hrs), percepção, confiança do consumidor e expectativa de inflação de Michigan de dezembro (12:00 hrs). Na zona do euro, sairá a confiança do consumidor de dezembro (12:00 hrs).
Bons negócios a todos, muito lucro e um final de semana maravilhoso.