Bom dia, mercado do câmbio. O dólar à vista ontem bateu novo recorde, e fechou o dia cotado a R$ 6,092 para venda, conforme informado pela mesa da Getmoney corretora. Mesmo com os leilões do Banco Central, o câmbio não conseguiu segurar a alta. O mercado está inseguro quanto à tramitação do pacote de corte de gastos no Congresso ainda este ano.
Esta é a última semana de trabalho antes do recesso de fim de ano, ou seja, isso só tem até sexta para ser resolvido. A questão é que ainda que o pacote de corte de gastos passe pelo Congresso ninguém garante que esses cortes sejam na magnitude de restaurar a credibilidade fiscal do Brasil. O Boletim Focus divulgado ontem trouxe uma Selic mais alta para 2025 e 2026 e piora da inflação.
As vendas no varejo chinês saíram abaixo das projeções do mercado, portanto segue a pressão para aumentar os estímulos na economia chinesa, que já passa pelo desafio quanto a tarifas comerciais dos EUA neste novo governo Trump. No exterior, o mercado olha para a decisão de juros nos EUA, amanhã, em que o consenso do mercado aponta para um corte de 0,25% na taxa. O foco ficará com o pronunciamento, no qual poderemos ter as projeções do Fed para os próximos meses.
Para hoje, o mercado analisa a Ata do Copom relativa à última decisão de política monetária por aqui, em que foi decidido pelo aumento de 1% na taxa de juros, atualmente em 12,25%. Nesta Ata, veremos o guidance de mais dois aumentos consecutivos da mesma magnitude. Agora é ver o reflexo disso no mercado de câmbio. Mas parece que já está tudo precificado, menos o pacote de corte de gastos.
No calendário econômico de hoje veremos na zona do euro a balança comercial de outubro e discurso de Elderson, do BCE. Nos EUA, vendas no varejo (10:30 hrs) e produção industrial de novembro (11:15 hrs). No Brasil, a Ata do Copom (8:00 hrs).
Bons negócios a todos e muito lucro.