Calendário Econômico: Fed é centro das atenções por motivos econômicos, políticos
Bom dia, leitores das análises diárias do mercado de câmbio. O dólar à vista fechou o último pregão cotado a R$ 5,4610 para venda, conforme informado pelos operadores da mesa de câmbio da corretora Getmoney. Apesar desta leve corrigida, a moeda já caiu quase 12% neste ano de 2025.
Por aqui, continuamos com o problema fiscal, a taxa de juros alta, o descontrole de gastos por parte do governo, ataques ao BC por parte do presidente Lula, número gigante de ministérios e a culpa de tudo nunca é de quem está no poder. Deve ser nossa, né, leitores? O único elogiado pelo presidente é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e seu projeto de “tributação justa”.
E quanto a nós do câmbio, ainda temos que acompanhar a política, afinal estamos vendo onde vai dar a briga entre o governo e o Congresso sobre o IOF, que pode trazer um forte impacto no nosso mercado. Quanto ao enfraquecimento do dólar, temos que as taxas de juros dos EUA devem ser cortadas este ano, provavelmente não em julho ainda, e o dólar está perdendo o status de porto seguro.
Todas as atenções estão voltadas para o Payroll (o relatório de folha de pagamento não-agrícola), antecipado para amanhã, que se vier mais fraco do que o esperado deve influenciar o Fed a fazer um corte mais cedo na taxa de juros. Mas a Jolts informou ontem que as vagas de emprego em aberto subiram mais do que a previsão dos economistas, e isso joga contra um corte de juros antecipado pelo Fed.
Na novela das tarifas, parece que vários acordos estão sendo costurados e o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que não será necessário estender o prazo de 9 de julho para negociações comerciais com outros países. Ontem o Senado dos EUA aprovou o projeto de orçamento de Trump, que agora vai para a Câmara.
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar na Europa, antes do mercado abrir, discursos de Luís de Guindos e de Labe, ambos membros do BCE, e a taxa de desemprego de maio. Haverá ainda o discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE (11:15 hrs). No Brasil sairá, antes do mercado abrir, o IPC da Fipe de junho. Teremos também a produção industrial de maio (9:00 hrs) e o fluxo cambial estrangeiro (14:30 hrs). Nos EUA teremos a variação de empregos privados ADP de junho (9:15 hrs).
Bons negócios a todos e muito lucro.