Bom dia, leitores das análises diárias do mercado de câmbio. O dólar à vista fechou o pregão de ontem cotado a R$5,6075 para venda, conforme informado pelos operadores da mesa de câmbio da corretora Getmoney.
O acordo comercial entre a China e os EUA, as duas maiores economias do mundo, foi o maior motivo dessa queda. Ontem foi dia de apetite a risco.
Nos EUA, o índice do CPI veio abaixo do esperado. Em 12 meses, a inflação ao consumidor foi a 2,3%, abaixo dos 2,4% projetado pelo mercado. Isso faz com que parte do mercados tenha expectativa sobre novos cortes de juros por lá. Esse número de CPI reflete uma confiança maior no controle das pressões de preços na economia norte-americana.
Já aqui, a Ata do Copom referente à última reunião de política monetária, na qual a Selic subiu para 14,75%, mostrou que devido ao ambiente de expectativa de inflação desancorada se faz necessário deixar os juros mais altos e por mais tempo. Isso ajuda no carry trade, afinal aqui os juros estão altos, até podendo subir mais, e nos EUA os juros foram mantidos e com possibilidades de cortes. Essa leitura ajudou o real. E a cereja do bolo foi o minério de ferro e o petróleo, que subiram no mercado internacional pelo segundo dia consecutivo. Como somos exportadores de commodities, isso favorece nossa moeda.
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar no Brasil o crescimento do setor de serviços de março (9:00 hrs) e a confiança do consumidor de maio (12:00 hrs). Nos EUA haverá discurso de Jefferson, governador do Fed (10:10 hrs).
Bons negócios a todos e muito lucro.