Bom dia, leitores das análises diárias do mercado de câmbio. O dólar a vista fechou a semana passada cotado a R$ 5,8382 para venda, conforme informado pela mesa de câmbio da corretora Getmoney.
A reação da China às tarifas recíprocas aplicadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump (aplicaram a mesma taxa de mais 34% sobre os produtos dos EUA para lá), e a criação de empregos acima do esperado nos EUA, o Payroll, deram força ao dólar. Receios quanto à desaceleração da economia mundial e recessão nos EUA acionaram a aversão ao risco.
O cenário da economia mundial é de incertezas e veremos muitos países tentando alguma forma de negociar essas tarifas. Por aqui ficaremos de olho no IPCA de março, que pode dar sinais de qual o término da taxa Selic.
Nos EUA teremos uma semana com muitos discursos de dirigentes do Fed, e esses discursos poderão nos ajudar a entender qual a prioridade para a política monetária norte-americana, o pleno emprego ou a estabilidade de preços. As atas da última reunião de política monetária por lá saem esta semana, e poderemos ter alguma surpresa devido ao fato de que a decisão de taxa de juros foi anterior à aplicação das tarifas recíprocas. O que sabemos é que as tarifas fazem pressão de alta sobre os preços no curto prazo e fizeram com que houvesse uma grande venda de ações, aumentando as preocupações dos investidores sobre inflação, crescimento e perspectivas sobre o comércio mundial.
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar na zona do euro, antes do mercado abrir, a confiança do investidor de abril e vendas no varejo de fevereiro. No Brasil haverá o tradicional Boletim Focus (8:25 hrs). Nos EUA, agenda esvaziada.
Bons negócios a todos, muito lucro e excelente semana.