Demanda constitucionalmente impossível dos EUA barra negociações sobre tarifaço, diz Haddad
Bom dia, leitores das análises diárias do mercado de câmbio. O dólar à vista fechou o último pregão cotado a R$5,3994 para venda, conforme informado pelos operadores da mesa de câmbio da corretora Getmoney. O dólar oscilou em faixas estreitas. Tivemos de importante a inesperada alta sobre o preço dos produtos importados nos EUA, que já pode ser reflexo das tarifas e em breve isto poderá também ter impacto para o consumidor.
A projeção do mercado continua sendo de início do corte de juros nos EUA em setembro. Neste momento penso que as chances são de apenas dois cortes da magnitude de 0,25% por lá. Nesta semana teremos de mais relevante alguns discursos de membros do Fomc e a ata da última decisão de política monetária nos EUA. Também ocorrerá o simpósio de Jackson Hole, evento anual organizado pelo Federal Reserve de Kansas City, que reúne banqueiros centrais, formuladores de políticas, acadêmicos e economistas de todo o mundo. Esse ano, o foco principal se concentra no discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, que ocorrerá no dia 22 de agosto, com tema “Economic Outlook and Framework Review”. Powell está sob pressão política do presidente Trump, que o critica por não cortar os juros mais cedo.
Aqui no Brasil continuamos acompanhando a questão do plano de contingência para ajudar os setores impactados pelo tarifaço e quase sem esperança de alguma negociação que possa ocorrer entre o nosso governo e o norte-americano.
No calendário econômico para hoje teremos na zona do euro, antes do mercado abrir, a Balança Comercial de junho. No Brasil sairá o IGP-10 de agosto (8:00 hrs), o tradicional Boletim Focus, com as projeções do mercado para os principais índices (8:25 hrs), e o IBC-Br (considerado uma prévia do PIB) de junho (9:00 hrs). Nos EUA, agenda esvaziada.
Bons negócios a todos, muito lucro e uma excelente semana a todos.