Bitcoin recua com tensão EUA-China e puxa queda generalizada no mercado cripto
Bom dia, leitores das análises diárias do mercado de câmbio. O dólar à vista fechou o último pregão cotado a R$5,3537 para venda, conforme informado pelos operadores da mesa de câmbio da corretora Getmoney.
Foi um dia de alívio, com o mercado precificando queda de juros nos EUA e manutenção da Selic por aqui. Além disso tudo, aqui no Brasil tivemos a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. Agora as atenções ficam em cima de possíveis novas medidas por parte de Donald Trump, presidente dos EUA, devido à condenação.
O movimento do dólar tende a ser de queda, no curto prazo, se nos basearmos no diferencial de juros, o carry trade, pró-Brasil. Porém, como no câmbio sempre tem um porém, 2026 será ano de eleição presidencial aqui, e em ano de eleição o câmbio costuma puxar para cima. Outro fator que pode não deixar o dólar cair é, como disse acima, alguma retaliação dos EUA em cima do desfecho do julgamento de Bolsonaro.
Na quarta-feira, haverá nos EUA decisão de juros pelo Fed, e já é consenso que os juros irão cair. Provavelmente em 0,25%, de maneira conservadora, para ver os impactos das tarifas na economia nos próximos meses. O motivo para o corte na taxa de juros dos EUA é a queda do consumo do cidadão norte-americano e a fraqueza do mercado de trabalho. Também será dia de conhecermos as projeções econômicas por lá, nas quais o mercado poderá ver qual a ideia de magnitude nos cortes de juros para este ano e para 2026.
No Brasil, na quarta haverá a decisão da Selic, e a taxa será conhecida após fechamento do mercado financeiro. Aqui a certeza é que os juros serão mantidos nos atuais 15% ao ano. Atenção ao comunicado do Copom, no qual poderemos ver como estará escrito, ou se será retirado do comunicado, o trecho que indica interrupção do ciclo de alta.
No calendário econômico para hoje teremos no Brasil o tradicional Boletim Focus, com as projeções para os principais indicadores (8:25 hrs), e o IBC-Br de julho (9:00 hrs). Na zona do euro, antes do mercado abrir, conheceremos os números da Balança Comercial de julho. Vamos acompanhar também o pronunciamento de Schnabel, do BCE (8:30 hrs) e discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE (15:30 hrs).
Bons negócios a todos, muito lucro e uma ótima semana.