O clima no mercado de câmbio azedou, com investidores reagindo não apenas à decisão sobre a Selic (a taxa básica de juros), que foi mantida em 13,75%, mas também aos receios de que a relação entre o governo Lula e o Banco Central piore. O comunicado duro do BC em relação ao cenário para a inflação contrariou expectativas do governo e de parte do mercado. O Bacen não passou indicações de quando começará o corte de juros.
As razões para o BC não esperar realizar corte no curto prazo é a inflação subjacente elevada e as expectativas de inflação aumentando, além da incerteza em relação ao novo arcabouço fiscal.
Com a Selic em patamares altos por mais tempo, o que torna o Brasil mais atrativo para os investidores estrangeiros, era natural esperar uma queda do dólar ante o real. Só que o receio de que a relação entre governo e Bacen se deteriore ainda mais colocou a moeda norte-americana em trajetória de alta ante o real. O dólar à vista fechou ontem cotado a R$ 5,2898 para venda.
Brasil sendo Brasil! Aqui o mercado reage mais forte mesmo!
Para hoje, fechando a semana, no calendário econômico teremos no Brasil o IPCA-15. Na Europa, os PMIs industrial, de serviços e global. Nos EUA, discurso de Bullard, membro do Fomc, PMIs industrial, de serviços e geral.
Bom final de semana e muito lucro.