Hoje é o que o mercado chama de Super Quarta, decisão de juros nos EUA e aqui. E amanhã será a decisão de juros na Europa.
Já na expectativa da super quarta, o dólar à vista ontem fechou o dia cotado a R$ 5,0462.
As preocupações do mercado são o setor bancário dos EUA e o impasse sobre o teto da dívida norte-americana. Por aqui a insegurança está na área fiscal do Brasil. As preocupações cresceram após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmar promessas de campanha na área trabalhista durante o 1º de maio e em meio a notícias sobre um novo plano de financiamento de exportações do Brasil para a Argentina.
Quanto à taxa de juros nos EUA, a expectativa é de que o Fed eleve em 0,25 ponto percentual, no que provavelmente será o último aperto do atual ciclo de elevação da taxa. E isso pode deixar o dólar sob pressão global.
Já aqui parece que o Banco Central vai reafirmar sua autonomia e manter a Selic no patamar atual, ou seja em 13,75%. O BC aguarda uma prova inequívoca de desinflação antes do possível início de um ciclo de flexibilização no terceiro trimestre. De maneira geral, a manutenção da Selic em nível elevado é um pilar de sustentação do real, uma vez que torna os retornos da moeda mais atraentes. Mas, por outro lado, esse patamar alto dos juros se deve, em grande parte, a grandes incertezas fiscais e inflacionárias.
E vamos ao calendário para hoje. Na Europa, discurso de membros do BCE e a taxa de desemprego de março. Nos EUA, ADP (variação de empregos privados) e PMI de abril. O mais importante será às 15h (de Brasília), quando sairá a taxa de juros. E na sequência a coletiva de imprensa do FOMC. Por aqui, após fechar o mercado conhecermos a taxa de juros do Brasil.
Bons negócios a todos e muito lucro, pessoal!