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Dow Jones Está de Volta ao Mundo dos Recordes

Publicado 10.03.2013, 16:54

O índice Dow Jones está de volta ao mundo dos recordes e agora todos querem participar dessa festa.

O índice de referência do mercado acionário dos Estados Unidos saltou 125,95 pontos, uma alta de 0,9%, para fechar aos 14.253,77 pontos ontem, superando o seu recorde anterior de fechamento, de 14.164,53 pontos em outubro de 2007. O índice mais que dobrou desde a marca de 6.547,05 pontos a que chegou no turbilhão da crise financeira.

Os corretores de ações dizem estar recebendo ordens dos clientes por telefone. Os dados dos fundos mútuos mostram que os investidores estão comprando fundos de ações dos EUA, dos quais eles tinham fugido por anos.

Este é o comportamento clássico do investidor. A história mostra que os investidores geralmente ficam animados e se voltam para as ações quando os índices estão batendo recordes. Eles também tendem a vendê-las quando os índices caem, o que significa que eles vendem na baixa e compram na alta. Não é de se surpreender que eles tenham tanta dificuldade em alcançar os ganhos dos índices.

Das seis últimas grandes fases de altas do mercado, em cinco as compras dos investidores nos fundos mútuos de ações deram um salto logo após o primeiro novo recorde do índice Dow, de acordo com a firma Ned Davis Research. Nos seis meses após esse primeiro recorde, o fluxo médio de recursos nos fundos de ações, em termos percentuais, foi três vezes superior ao dos seis meses anteriores.

Um mercado em alta é geralmente definido como um ganho de 20% ou mais em relação a um mínimo e ele termina quando as ações caem 20% ou mais em relação ao máximo. Esse mercado em alta de agora começou em março de 2009.

Infelizmente, os mercados em alta tendem a não durar muito tempo depois que eles entram em território de recorde. Há exceções, mas o mercado altista médio dura menos de dois anos depois desse primeiro recorde.

O índice Dow geralmente tem deixado ganhos reais — uma média de 28%, de acordo com a Ned Davis. Se a atual tendência de alta chegar a isso, o índice irá superar os 18.000 pontos antes de chegar ao topo, a partir dos 14.277 atingidos nas negociações da tarde de ontem. Embora a maior parte dos ganhos já terá acontecido, esses 4.000 pontos remanescentes certamente valeriam a pena — considerando-se que esse é um mercado altista típico. Ainda assim, qualquer um que esperar um novo recorde para comprar ações deve estar ciente que o fim pode estar mais próximo do que o início.

Houve casos excepcionais. No boom dos anos 1990, o mercado altista se manteve por quase nove anos após o primeiro novo recorde. Claro, o período atual não parece ser comparável àquele tempo de euforia. Após o recorde de 1972, o mercado com tendência de alta se manteve por apenas dois meses.

O último mercado altista, que se encerrou em outubro de 2007, continuou por um ano após seu primeiro recorde do índice Dow, subindo 21% naquele período.

Dessa vez, há fatores especiais que podem suportar o mercado altista mais do que a história pode sugerir. O maior deles é o Federal Reserve, o banco central americano.

Mais do que em qualquer outra época na história, esse mercado altista deve a sua força à imperturbável determinação do Fed de injetar dinheiro nos mercados financeiros até que a recuperação da economia comece a ser auto-sustentável.

O presidente do Fed, Ben Bernake, é provavelmente o principal acadêmico do mundo especializado nos erros cometidos pelo Fed nos anos da depressão de 1930. Ele deixou claro outra vez, durante depoimento no Congresso, que não tem a intenção de repetir aqueles erros, apesar das reclamações de alguns presidentes das unidades regionais do Fed de que ele está fazendo demais.

Preocupado com o nível de desemprego, o Fed tem injetado centenas de bilhões de dólares no mercado de títulos e tem dado poucos sinais de que vai reduzir o ritmo. Muito desse dinheiro acabou indo para o mercado acionário. Na visão de muitos analistas, o Fed é o único pilar forte de sustentação dessa fase de alta do mercado.

Muitos dos problemas que persistem poderiam se contrapor ao apoio do Fed. Eles incluem a continuidade da incerteza financeira na Europa, a queda do crescimento econômico na China e o risco de que os cortes de gastos em Washington possam afetar a economia americana. O terrorismo e as tensões no Oriente Médio também estão à espreita.

Há um outro fator. Em 1972, apesar da volta do índice Dow ao território dos recordes, investidores de fundos mútuos estavam tão nervosos que eles continuaram tirando dinheiro dos fundos de ações. Os anos 70 foram um período prolongado de problemas econômicos que criaram profundo ceticismo com relação às ações, não muito diferente de hoje.

É possível que as pessoas vão parar de colocar dinheiro em ações dessa vez, apesar do novo recorde. Isso não necessariamente aceleraria o fim da fase altista do mercado; o mercado acionário tem sido dominado há anos por fundos de hedge e negociadores de alta freqüência, não indivíduos. Mas isso não seria bom.

Tudo isso deixa os investidores diante de dois fatos importantes. Primeiro, a fase de alta do mercado é velha e, num mundo normal, pode não estar longe do seu máximo.

Segundo, este não é o mundo normal, e o presidente do Fed está determinado a manter a liquidez dos mercados. Até o Fed dar sinais de recuo, o mercado precisará de um grande choque vindo de algum outro lugar para que as ações no mercado americano comecem a baixar.


Fonte: online.wsj.com/article/SB10001424127887324678604578342881755270640
.html?mod=WSJP_inicio_MiddleSecond

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