Lula assina nesta segunda-feira decreto que regulamenta Lei da Reciprocidade, diz Rui Costa
- O dólar mantém os ganhos diante da reativação da busca por ativos defensivos após novas ameaças tarifárias de Trump.
- Indicadores de inflação e pressão sobre o Fed podem alterar o viés de curto prazo da moeda.
- A resistência em 98,50 segue sólida; rompimento de suporte pode levar o índice novamente à faixa dos 96 pontos.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor tarifas de 30% sobre produtos da União Europeia e do México no fim de semana. Em reação, o Índice Dólar (DXY) manteve os ganhos acumulados na semana anterior no início desta segunda-feira.
A moeda norte-americana chegou a tocar brevemente o nível de 98 nas primeiras horas do dia, refletindo o movimento de investidores em busca de proteção diante do aumento da incerteza global.
Parte do mercado acredita que a postura dura de Trump pode fortalecer a posição dos Estados Unidos nas negociações comerciais. Essa percepção tem sustentado o dólar, que atingiu o maior patamar em três semanas.
Embora essas táticas agressivas elevem a incerteza no curto prazo, também reforçam o papel do dólar como principal moeda de reserva internacional. Nesse contexto, investidores acompanham atentamente eventuais concessões por parte da União Europeia ou do México, o que poderia fornecer novo impulso à moeda norte-americana.
Do lado macroeconômico, o foco também se volta para a divulgação de indicadores relevantes nesta semana, como o IPC de junho, na terça-feira, e os dados de PPI e vendas no varejo, programados para quinta-feira.
A direção do dólar deve ser influenciada por esses resultados. Caso a inflação venha abaixo do esperado, o DXY poderá sofrer pressão de baixa.
Atualmente, o mercado precifica um corte de aproximadamente 50 pontos-base na taxa de juros pelo Federal Reserve até o fim do ano. Qualquer surpresa nos dados de inflação — especialmente leituras acima do previsto — pode alterar essas expectativas e favorecer a manutenção ou até mesmo a ampliação dos ganhos recentes do dólar.
Pressão política sobre Powell eleva incerteza
Outro elemento que vem afetando a trajetória do dólar são os ataques públicos de Trump ao presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. O presidente norte-americano afirmou que “a renúncia de Powell seria ótima” e chegou a sugerir impeachment, usando reformas no prédio do Fed como justificativa.
Essas declarações reacendem preocupações sobre interferência política na condução da política monetária. No curto prazo, esse ruído pode paradoxalmente favorecer o dólar como ativo de proteção. Já no médio prazo, estimativas do Deutsche Bank indicam que a eventual destituição de Powell poderia provocar uma queda de 3% a 4% no Índice Dólar (DXY).
Com isso, a moeda norte-americana passa a enfrentar pressões simultâneas: de um lado, dados econômicos; do outro, riscos políticos. Por ora, os indicadores de emprego e crescimento mais fortes continuam dando sustentação ao DXY. Mas uma escalada nas ameaças institucionais ao Fed tende a enfraquecer o dólar.
DXY testa resistência técnica após recuperação parcial
No início do mês, o Índice Dólar (DXY) iniciou uma recuperação após registrar condições de sobrevenda e voltou a se aproximar da marca de 97. Com o avanço da nova semana, o índice voltou a testar o nível de 98, sendo 98,50 a próxima resistência relevante no curto prazo.
Apesar de o viés estrutural do DXY ainda apontar para baixo, uma leve retomada na demanda durante julho empurrou o índice levemente acima do canal de baixa anterior.
Essa recuperação, contudo, ocorreu em ambiente de liquidez reduzida, e o apetite comprador limitado resultou em condições técnicas de sobrecompra no curto prazo. Caso a demanda permaneça fraca, o rompimento acima de 98,50 pode se mostrar difícil, mantendo o dólar sob pressão frente às principais moedas globais.
No cenário de baixa, a faixa entre 97,30 e 97,60 configura uma importante zona de suporte para o DXY. A perda desse intervalo abriria espaço para uma retomada da tendência de baixa mais ampla, com projeções apontando para um possível recuo até o nível de 96.
Nesta semana, os principais vetores que devem influenciar o comportamento do dólar são as ameaças comerciais de Trump, o aumento da tensão política em torno do Fed e a divulgação de dados macroeconômicos. No curto prazo, o tom agressivo do governo norte-americano e indicadores robustos tendem a oferecer algum suporte à moeda.
Ainda assim, caso os agentes passem a precificar com maior seriedade o risco de destituição de Powell, o mercado poderá registrar aumento expressivo da volatilidade no índice do dólar.
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