SOJA: Queda nos preços é limitada por dólar elevado
Os preços de soja e derivados caíram no Brasil nos últimos dias como consequência do avanço na colheita, que já eleva a disponibilidade do grão no mercado interno. No entanto, as quedas foram limitadas pelo câmbio, que aqueceu o interesse vendedor.
As negociações só não foram mais intensas por conta do período de carnaval, que paralisou o mercado em alguns dias da semana passada. No campo, sojicultores de algumas regiões do Centro-Oeste estão preocupados com o clima chuvoso, que pode atrasar a colheita e prejudicar a qualidade do grão. Por outro lado, as chuvas beneficiam as lavouras ainda em desenvolvimento – vale ressaltar que, em Mato Grosso, há grande diferença entre o desenvolvimento de uma lavoura para outra.
Em Mato Grosso do Sul, a colheita segue em bom ritmo e produtores esperam por uma boa safra. No Paraná, as chuvas interromperam a colheita nos últimos dias, mas sojicultores já voltaram aos trabalhos de campos e sinalizam que a produtividade está dentro do esperado.
MILHO: Ritmo de negócios é baixo, mas preço continua estável
Exportações surpreendem na primeira semana do mês, mas o line up sinaliza que o ritmo deve diminuir nos próximos dias. Mesmo com os embarques aquecidos, os preços (spot) dos portos de Santos e Paranaguá, assim como no interior do País não reagiram com grande intensidade, permanecendo estáveis na maior parte das praças acompanhadas pelo Cepea.
No campo, a colheita do milho verão e também o semeio da segunda safra seguem bem. Com poucas negociações e vendedores capitalizados, os preços permanecem em patamares elevados, havendo pouca oscilação.
O Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas, teve leve alta de 1,42%, fechando a R$ 42,93/saca de 60 kg nessa sexta-feira, 12. Se considerados os negócios também em Campinas, mas com prazos de pagamento descontados pela taxa NPR, a média à vista foi para R$ 42,51/sc, ganho de 1,26%.
MANDIOCA: Com oferta restrita, valores seguem em alta
Depois do recesso de carnaval, parte das fecularias retomou as atividades de processamento somente quarta-feira, 10. No entanto, a oferta de raízes esteve menor, devido à baixa disponibilidade do produto de segundo ciclo em algumas regiões e à retração de parte dos agricultores, que segue na expectativa de preços mais altos. Também vale destacar que, com a melhora do mercado de farinha, parte da indústria aumentou o valor pago pela matéria-prima, forçando reajustes por parte de fecularias.