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Dólar: Benefícios Não Acontecem, BC Pode Estar Contendo os Malefícios

Publicado 21.05.2015, 00:06

O ministro Levy quando realizou a sutil colocação de que não tinha intenção de manter o preço do dólar artificializado, certamente focou que este seria o “atalho” mais rápido para restabelecer o vigor do setor industrial brasileiro, tornando os produtos nacionais competitivos no mercado interno com o encarecimento do produto importador e proporcionando melhores condições de concorrência no mercado externo com uma melhor condição de conversão dos valores das vendas.

Na margem permitiria uma relativa equalização dos preços das commodities exportáveis que apresentavam queda no mercado internacional.

E mais, retiraria um risco expressivo de variação cambial que provocava a retração do capital especulativo, já que forjados em operações de “carry trade” tem limitadíssimas margens de perda e não tem condições de suportar proteção com “hedge” a custo elevado.

O foco principal que visava dinamizar a atividade econômica vem se revelando decepcionante, com a atividade industrial retroagindo forte e mesmo a queda nas importações não se pode atribuir ao fato do preço do dólar, mas sim da perda de dinamismo da economia nacional.

O capital especulativo não permanece por longo período no país, atua de forma oportunista de vez que a variação cambial, a rigor, pode ser mais forte do que a rentabilidade obtida e assim havendo risco acaba por se contrair. Neste momento se observa bom volume de saída destes recursos da BOVESPA, ainda não captado pelas estatísticas de fluxo cambial divulgado hoje pelo BC com movimento na semana de 11 a 15 último (a rigor 13 por ser D+2) com saldo positivo de US$ 983,0 M, devendo ficar evidenciado na próxima divulgação, enquanto no mês continuou negativo agora em US$ 1,5 Bi.

Temos um quadro de perspectiva negativa para o país que precisa de substantivo volume de financiamento externo. No momento o déficit em transações correntes ultrapassa US$ 103,0 Bi, com previsão pelo BC de que em dezembro recue a US$ 84,0 Bi, o que parece improvável, pois deve ir além deste montante e certamente, mais uma vez, não conseguirá volume de ingressos líquidos suficiente para atender a necessidade de financiamento.

O BC tem colocado no mercado para ancorar a credibilidade faltante na moeda nacional o montante de US$ 110,0 Bi em contratos de swaps cambiais, e no momento parece ocorrer excesso de oferta, com o que vem agindo para contingenciar a tendência de alta da moeda.

Nossa leitura atual é que o BC vem procurando conter a alta com a manutenção deste excesso na oferta dos contratos de swap cambial, agindo desta forma para mitigar as pressões inflacionárias, já que não conseguiu sucesso nos focos prioritários ao elevar o preço da moeda americana.

Desta forma, se não vê resultados benéficos como objetivado, mitiga os malefícios de pressões inflacionárias a partir do preço do dólar mais elevado.

Este cenário de pouca atratividade do país por si só seria impulsionadora da alta do preço do dólar, mas o BC parece estar confrontando com a manutenção excessiva de contratos de swaps cambiais no mercado futuro buscando evitar alta mais expressiva, já que os fundamentos internos justificam um preço mais elevado da moeda americana.

Evidência mais clara desta ocorrência está no fato do dólar estar em alta contra as moedas da cesta no exterior e em queda no Brasil, onde os problemas que detém, por si sós, já cria viés de alta da moeda americana. E este cenário se manteve mesmo após a divulgação da Ata do FED deixando evidente que não haverá alta do juro em junho, e, o real ainda acentuou sua valorização.

Então ocorre persistente e discreta volatilidade que por vezes até se torna mais acentuada, mas deixa aberta a possibilidade de ocorrer em maior intensidade e isto pode vir a encarecer os empréstimos externos e protelar eventuais investimentos produtivos no país, da mesma forma que provoca retração das aplicações especulativas.

A Ata do FED não trouxe nenhuma novidade, visto que inúmeras autoridades acreditavam na reunião de abril que seria prematura aumentar a taxa de juro em junho e que o impulso para a inflação era ofuscado por um mercado de trabalho mais fraco e indicadores econômicos piores como evidenciou o FOMC. Na realidade, acreditamos que não seja do interesse dos Estados Unidos a efetivação da mudança da taxa de juro este ano, pois poderia trazer impactos na sua atividade econômica que se recupera a partir do encarecimento dos seus produtos exportáveis e barateamento das importações.

A despeito da eventual atuação do BC procurando contingenciar o preço da moeda americana, há um ambiente prospectivo que sugere este preço em alta, principalmente se a economia não conseguir dar respostas às medidas de ajuste que estão sendo preconizadas e desencadear uma retração maior na atividade econômica, com desemprego e queda da renda e do consumo.

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