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É Hoje

Publicado 09.08.2018, 09:08
Atualizado 10.01.2024, 08:22

O primeiro debate presidencial das eleições deste ano na televisão acontece hoje à noite e o encontro entre oito candidatos deve ser permeado de críticas ao mandato de Michel Temer, em meio à tentativa de apresentação das propostas de governo. Ainda não se sabe se haverá algum representante do PT no evento, que promete um debate paralelo, caso seja impedido de participar.

Ontem, o partido entrou com um mandado de segurança no Tribunal da 4ª região (TRF-4) para ter o ex-presidente Lula no debate, seja com a participação presencial no estúdio da emissora de TV ou por videoconferência. O líder petista foi oficializado como candidato do partido para as eleições, mas está preso em Curitiba desde o início de abril.

Enquanto a volatilidade no ambiente doméstico por causa das eleições está apenas começando, a guerra comercial parece não ter fim. Em ambos os casos, o mercado financeiro não se mostra pronto para o pior e apenas se reveste de cautela. Os investidores ainda trabalham com um candidato reformista em destaque na corrida presidencial e que a China irá ceder à pressão de Donald Trump.

Os fatos, porém, apontam para uma direção contrária. A pesquisa de intenção de voto da CNT/MDA, divulgada ontem, não confirmou o cenário apontado pelo Ibope na semana passada e ainda mostra o tucano Geraldo Alckmin atrás de Jair Bolsonaro (PSL) em São Paulo - embora ambos estejam em situação de empate técnico.

Tal cenário não considera a presença de Lula no pleito, que segue líder nos levantamentos em que ele aparece na disputa. Ainda assim, não se sabe qual é o impacto da decisão do PT de colocar o ex-prefeito da capital Fernando Haddad como vice na chapa, ao lado de Manuela D’Ávila como “vice de fato”. As próximas pesquisas irão captar isso...

A partir desta quinta-feira, a XP Investimentos pode publicar a sondagem feita pelo Ipespe, que tem abrangência limitada e metodologia questionável, via telefone. Mas o foco para hoje está no debate na tela da Band, a partir das 22h. Por ora, estão confirmadas as presenças de Jair Bolsonaro (PSL), Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Álvaro Dias (Podemos) e Cabo Daciolo (Patriota).

Já no exterior, a China anunciou data para igualar US$ 16 bilhões em tarifas sobre produtos norte-americanos, ainda mantendo uma retaliação na mesma medida contra os Estados Unidos. Mas essa munição de Pequim deve acabar logo, já que Trump estuda taxar todos os US$ 500 bilhões de bens chineses importados - superando, em muito, o total que o país asiático compra da América.

Ou seja, a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo ainda não atingiu um ponto sem retorno. Mas está bem perto disso. E o peso dessa disputa sobre o mundo tende a ser expressivo, reduzindo drasticamente as trocas internacionais no comércio por causa do aumento do protecionismo e resultando em um crescimento econômico global bem menor, diante da queda da produtividade e no fluxo de investimentos entre os países.

Assim, sejam por fatores internos ou externos, a volatilidade deve voltar a reinar no mercado financeiro global, com os investidores mostrando maior sensibilidade (e mais elasticidade nos preços dos ativos) a qualquer notícia tanto sobre as eleições no Brasil quanto em relação à guerra sino-americana.

O problema é que, no caso brasileiro, não há nenhuma convicção em relação ao resultado final das eleições, diante de um cenário indefinido, totalmente em aberto e permeado de incertezas. Já no caso EUA x China, sabe-se que guerras comerciais, em geral, constituem conflitos sem vencedores - como se verificou nos anos da década de 1930.

Assim, é temerário o fato de não estar embutido no preço dos ativos uma eventual derrota da agenda de reformas por meio do voto do eleitor nas urnas. Da mesma forma, preocupa a confiança depositada na estratégia da Casa Branca, com os investidores acreditando que a disputa resultará em vantagens competitivas aos EUA.

Na hipótese de frustração dessas perspectivas, a tendência é de uma correção acentuada no mercado financeiro global. Ainda mais, em tempos de redução da liquidez ofertada pelos principais bancos centrais do mundo, com o Federal Reserve à frente no processo de normalização da taxa de juros norte-americana.

Com isso, cada vez mais a agenda econômica tende a ficar em segundo plano, principalmente quando encerrar a safra de balanços das empresas. Entre os eventos e indicadores domésticos de relevo, tem o resultado trimestral do Banco do Brasil, antes da abertura do pregão local, os dados atualizados da safra agrícola e números regionais da indústria - ambos às 9h.

No exterior, saem (9h30) os pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos nos EUA e o índice de preços ao produtor (PPI) no país em julho. Na virada de ontem para hoje, a China informou que a inflação ao consumidor (CPI) acelerou para o maior nível em quatro meses em julho, com alta de 2,1%, ante +1,9% em junho, em base anual.

O aumento em alimentos e combustíveis pressionou os preços no varejo. No atacado, o PPI chinês praticamente manteve o ritmo de alta e subiu 4,6%, de +4,7%, na mesma comparação. No confronto mensal, o CPI subiu 0,3%, de +0,1%, enquanto o PPI teve movimento contrário, desacelerando a 0,1% em julho, de +0,3% em junho.

Mas o foco do mercado internacional está na batalha prolongada entre EUA e China. As principais bolsas europeias iniciaram o pregão em queda, penalizadas pelo sinal negativo vindo de Wall Street, apesar dos ganhos em Xangai (+1,8%) e em Hong Kong (+0,9%). Em Tóquio, o índice Nikkei oscilou em baixa.

De um modo geral, o ambiente está menos propício ao risco, o que sustenta o dólar em relação às moedas rivais. A lira turca e o rublo russo estendem as perdas frente ao dólar, diante da nova rodada de sanções promovidas por Washington. O dólar neozelandês caiu à mínima em dois anos. Nas commodities, o petróleo está no nível mais baixo em sete semanas.

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