ÁSIA: Os mercados asiáticos terminaram misturados nesta quarta-feira, enquanto o dólar e as commodities subiram após diminuição da decepção com o fracasso do projeto de lei de saúde do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O humor não se estendeu à libra, após o governo britânico assinar uma carta para Bruxelas, iniciando formalmente a saída do país da União Europeia. O índice da MSCI para ações da Ásia-Pacífico, exceto Japão, subiu 0,2%, voltando para topos de 21 meses.
O índice de referência australiano ASX 200 fechou em alta de 0,9% em 5.873,5 pontos, estendendo os ganhos da terça-feira. Nos mercados de commodities, os preços dos metais básicos subiram com notícias econômicas positivas da China.O cobre ganhou 2% durante a noite e o minério de ferro para entrega em setembro na Bolsa de Mercadorias de Dalian subiu 2,6%. BHP Billiton e Fortescue Metals subiram 0,3% cada, enquanto Rio Tinto (LON:RIO) avançou 0,6%. Os futuros de aço e minério de ferro na China, afastaram-se das mínimas de várias semanas nesta quarta-feira, mas analistas preveem novos declínios dos preços, uma vez que a oferta ultrapassa a demanda no maior mercado do mundo. Os potenciais compradores de minério de ferro na China estão postergando as compras após a recente queda que levou os preços spot da matéria-prima siderúrgica para uma baixa de sete semanas, a 81,57 dólares a tonelada na segunda-feira.
O estado de Queensland foi atingido pelo ciclone Debbie. Estações turísticas ao longo da grande barreira de corais da Austrália e áreas costeiras continentais foram atingidas por rajadas com vento acima de 260 km/h e havia relatos de danos estruturais significativos em imóveis e infraestrutura pública.
No Japão, o Nikkei lutou durante toda a sessão e fechou em alta de apenas 0,08%. Anteriormente, dados oficiais mostraram que as vendas no varejo cresceram apenas 0,1% em fevereiro, comparado ao crescimento de 1% em janeiro. Os números fracos levantam dúvidas sobre a força do consumo interno e destaca as dificuldades para o Japão gerar inflação.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou 0,17% maior. A gigante Samsung eletronics subiu 0,72%, com investidores aguardando o lançamento do novo Galaxy S8 no final do dia em Nova York e na Coreia do Sul amanhã.
As bolsas da China continental seguiram direção oposta à seus pares regionais. O Shanghai Composite fechou em baixa de 0,36% em 3.241,3 pontos e o Shenzhen Composite terminou em queda de 0,73%. O índice Hang Seng de Hong Kong fechou em alta de 0,19%. A gigante chinesa de tecnologia Tencent gastou US $ 1,78 bilhão em comprar uma participação de 5% na montadora de automóveis elétrica Tesla.
Ainda durante o pregão asiático, o dólar se fortaleceu em 99.875 contra uma cesta das moedas, acima dos 98.858 de ontem mas ainda mais fracos comparados aos níveis acima de 100 da semana passada. O dólar / iene estava sendo negociado a 111,07 e o dólar australiano buscou $ 0.7644. Os preços do petróleo avançaram seguindo a alta de mais de 1% do fechamento do horário do pregão americano, depois que a oferta da Líbia foi cortada em um terço devido à ação de facções armadas e com autoridades sugerindo que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e outros produtores poderiam estender os cortes de produção até o final do ano.
EUROPA: Os mercados europeus abriram em território positivo pelo segundo dia consecutivo nesta quarta-feira de manhã, com investidores cautelosos de olho em Londres e Bruxelas, para o início do tão esperado processo britânico Brexit. O índice Stoxx Europe 600 opera entre altas e baixas, após subir 0,6% na terça-feira.
A libra esterlina recua após o governo britânico enviar a carta oficial invocando o artigo 50 do Tratado de Lisboa à Bruxelas, iniciando formalmente a saída do país da União Europeia. A carta será entregue no meio-dia de quarta-feira ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk e vai oficialmente desencadear o processo Brexit. Enquanto isso, a primeira-ministra britânica, Theresa May, se dirigirá à Câmara de baixo ao mesmo tempo.
O FTSE 100 opera entre ligeiras altas e baixas. Ações da BHP Billiton sobem 1,3% após a gigante da mineração dizer que está considerando um novo investimento em minério de ferro na Austrália. A Glencore (LON:GLEN) disse que suas minas de carvão australianas não foram danificadas pelo ciclone tropical Debbie e que o trabalho suspenso nas minas deve reiniciar em breve. Suas ações recuam 0,2%. Entre outros pares do setor, Anglo American (LON:AAL) e Rio Tinto sobem 0,3% cada e Antofagasta (LON:ANTO) avança 0,2%. As ações das empresas de energia também sobem, acompanhando os ganhos dos preços do petróleo. BP sobe 0,35% e Royal Dutch Shell ganha 0,3%.
Os reguladores antitruste da UE vetaram a proposta de fusão de 29 bilhões de euros (31,3 bilhões de dólares) da Deutsche Boerse (DE:DB1Gn) e da London Stock Exchange (LON:LSE), descartando a última tentativa das empresas de criarem a maior bolsa europeia. Em comunicado, autoridade antitruste da UE disse que as empresas não oferecem concessões suficientes para dissipar suas preocupações e como as partes não ofereceram recursos necessários para resolver os problemas de concorrência, a Comissão decidiu pela proibição a fusão.
Entre os dados econômicos, a confiança do consumidor francês ficou em 100 em março. Essa foi a mesma leitura de fevereiro, subestimando as expectativas dos analistas.
Noutra parte da Europa, a chanceler alemã, Angela Merkel, deverá reunir-se com o Conselho de Peritos Econômicos da Alemanha para avaliar o desenvolvimento econômico em curso no país.
AGENDA DO INVESTIDOR EUA:
11h00 - Pending Home Sales (mede a venda de casas existentes nos EUA com contrato assinado, mas ainda sem transação efetiva);
11h30 - Crude Oil Inventories (Relatório de Estoques de Petróleo dos Estados Unidos);
ÍNDICES FUTUROS - 7h10:
Dow: -0,06%; S&P500: -0,01%; NASDAQ: +0,04%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.