A era dos altos rendimentos com títulos dos EUA parece estar chegando ao fim, com o Federal Reserve previsto para realizar seu primeiro corte de juros na quarta-feira, 18 de setembro.
Com essa mudança iminente, é um bom momento para avaliar as taxas de retorno acumuladas dos principais ativos, com base em ETFs.
A taxa média de rendimento dos ativos globais está em 3,84%, uma pequena queda em relação ao último relatório de abril.
A expectativa é que as próximas mudanças sejam mais significativas, com rendimentos caindo ainda mais nos próximos meses.
Ativos de risco: a melhor aposta daqui para frente?
A comparação entre os rendimentos dos títulos do Tesouro americano (“treasuries”), considerados livres de risco, e os ativos de risco está se tornando mais clara.
Em abril, os títulos do Tesouro dos EUA ofereciam prêmios consideráveis em relação à média de pagamento dos ativos de risco globais. Porém, agora essa vantagem está diminuindo.
Um T-bill de 3 meses oferece um rendimento ligeiramente superior à média dos ativos de risco globais. Se optar por um Título do Tesouro de 30 anos, o prêmio é superior a um ponto percentual.
No entanto, as Notas do Tesouro de 2 anos e 10 anos já oferecem rendimentos abaixo da média dos ativos de risco globais.
Em resumo, os rendimentos dos títulos do governo tendem a cair abaixo dos ativos de risco — e isso pode acontecer de forma expressiva.
Embora os juros elevados tenham sido atraentes para investidores focados em retornos, o ciclo de rendimentos segue seu curso.
Cuidado com as armadilhas dos ETFs
Ainda assim, é preciso ter cautela ao avaliar os rendimentos dos ETFs mencionados. As taxas de pagamento acumuladas podem não se manter no futuro.
Ao contrário dos títulos do governo, onde você pode travar os rendimentos atuais, as taxas históricas de pagamento de ETFs de ativos de risco podem ser enganosas, pois os valores pagos variam ao longo do tempo.
Também existe o risco constante de que qualquer rendimento obtido com ETFs possa ser anulado por uma queda no preço das ações.
Portanto, é essencial considerar o retorno total esperado ao avaliar essas oportunidades de rendimento.
Para uma perspectiva mais ampla sobre o desempenho futuro, comece analisando as perspectivas de longo prazo dos principais ativos.
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AVISO: este artigo tem fins meramente informativos e não constitui qualquer recomendação de investimento.