Se dependesse da oferta de boiadas, o cenário seria de alta em todas as praças. Entretanto, a demanda está aquém do esperado. Este é o limitador das valorizações.
Na última segunda-feira (16/7), com muitos frigoríficos aguardando uma melhor posição do mercado, especialmente de como começarão as vendas de carne nesta semana, o cenário foi de estabilidade na maioria das praças pecuárias.
No mercado atacadista de carne bovina sem osso, já são quatro semanas seguidas de desvalorização. Em trinta dias, a queda acumulada foi de 2,8%, puxada principalmente pelos cortes do traseiro, que tiveram retração média de 3%.
Enquanto isso, a arroba do boi gordo, em São Paulo, apresentou alta de 2% no período, o que levou ao estreitamento da margem de comercialização dos frigoríficos que fazem a desossa. Atualmente esta margem gira em torno de 23,6%, são cinco pontos percentuais a menos em um mês.
Expectativas para o mercado do boi gordo no segundo semestre
Para a segunda metade do ano a expectativa é de preços firmes, em decorrência da oferta limitada de boiadas, com o primeiro giro do confinamento pouco atrativo. Mais para o final do ano o consumo deve colaborar.
Por Isabella Camargo e Hyberville Neto (Scot Consultoria)