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ESG: Eventual Sacrifício no Curto Prazo Compensa?

Publicado 13.01.2022, 17:03
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Adotar os critérios de ESG (sigla em inglês que se refere às melhores práticas ambientais, sociais e de governança – ASG) requer a remodelação dos negócios, o que muitas vezes significa ampliar investimentos que não vão gerar retorno financeiro no curto prazo. Em outras palavras: a adaptação da empresa para estar em conformidade com os critérios ESG, em algumas situações, pode sacrificar o lucro no curto prazo.

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Em compensação, a adaptação visa garantir a sustentabilidade do negócio no médio-longo prazo. Afinal, ter boas práticas nestas três esferas significa gerar valor ao negócio e evitar crises que envolvam a imagem da corporação, gerando impacto positivo em toda a cadeia de stakeholders, de colaboradores a acionistas e comunidade.

Como exemplo, no passado recente, pudemos observar casos de empresas canceladas nas mídias sociais por declarações negativas de CEOs, que eram contra o isolamento social. Além de prejudicar a imagem, isso significou a redução das receitas e chegou a comprometer mais a rentabilidade da empresa do que no caso daquelas que seguiram os protocolos sanitários. Tal comportamento demonstra uma questão importante: as práticas ESG devem fazer parte da cultura da empresa e quem representa esta cultura é o quadro de colaboradores, desde o mais alto escalão.

Mas, trazer esta cultura às empresas é apenas o primeiro passo. Ao entender que somente com práticas sustentáveis é possível garantir a perenidade dos negócios, o acionista precisa migrar do discurso para a prática, o que requer investimentos que podem perpassar inclusive pela transformação do negócio para garantir uma lucratividade responsável e ética.

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A mudança é mais desafiadora que parece, pois, cada pilar ESG é ramificado em diversas iniciativas. Do lado social, por exemplo, há pelos menos quatro stakeholders que devem ser contemplados: os clientes, os colaboradores, os fornecedores e a comunidade onde a empresa está inserida. Para os primeiros, as práticas ESG impactam diretamente na percepção da marca e decisão de compra. Ao mesmo tempo, do lado das práticas, as empresas devem ser transparentes durante as promoções e ofertas de produtos e os casos de reclamação durante a Black Friday estão aí para ilustrar.

Já os colaboradores devem entender a cultura da empresa, estarem engajados e se sentirem parte da organização. Como bem dizem, tudo começa dentro de casa. Organizações com práticas flexíveis de benefícios, planos claros de remuneração variável, que não exigem metas impossíveis e priorizam um ambiente de trabalho agradável, por exemplo, obtém como ganho uma equipe engajada e conseguem reter e atrair talentos com mais facilidade.

Agora de que adianta afirmar que adota práticas ESG, mas ao negociar os contratos com os fornecedores lançar mão de sua vantagem econômica de forma a “sufocar” o parceiro para garantir a redução de seus custos? Dentro do universo de boas práticas, é preciso ver o fornecedor como um parceiro de negócio. Ao mesmo tempo, deve-se ter em mente que, nem todo fornecedor mais em conta é o melhor, pois para praticar um preço menor do produto, ele pode estar deixando de colocar os princípios sustentáveis em seu próprio negócio.

No caso da comunidade, o conceito envolve todo o ecossistema em torno da empresa. A empresa deve atuar onde o poder público não atua, com eventuais investimentos sociais. As práticas com a comunidade são amplas e não devem ser confundidas com filantropia.

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Estas são apenas algumas das práticas que envolvem o S. Quando acrescentamos o E e o G a equação se torna muito mais complexa. Do lado ambiental, geralmente os investimentos são mais significativos, e envolvem a compra de novos equipamentos, novas instalações, substituição de matérias-primas, controle de resíduos, atendimento de normas ambientais e por aí vai.

Adotar o melhor do ESG pode requerer sacrifícios que vão desde investimentos que não representam ganhos de competitividade ou lucro imediato a até aumentos de custos. Mas os ganhos são notórios no longo prazo e abrangem desde o reconhecimento da marca por parte dos clientes à valorização das ações pelos investidores. A sustentabilidade, como o próprio nome deixa claro, tem como premissa a perenidade dos negócios e não apenas ganhos imediatos que se dissipam ao longo do tempo.

Últimos comentários

Como o comentário do Wagner, empresas que dão bom retorno e constante, exatamente o que se solidifica nas questões ESG. Se quer melhor retorno (por estimativas as empresas com ESG em comparação as empresas que não adotam ESG, despontam em resultados muito maiores), além de reduzir os riscos devido aos critérios adotados. Agora, faltou uma simples palavra no texto, ganho de eficiência. Ao adotar as práticas ESG, além do citado, a empresa passa a olhar seus processos de forma mais detalhada, eliminando ineficiências que traduzem em impactos ASG. Em suma, vejo muito mais o ganho de eficiência que traduz-se em resultado, do que simplesmente um valor de imagem. Se por imagem puramente, a empresa cai no erro do greenwashing e com certeza seus certificados de ESG cairão por terra.
...invisto em empresas que me dão um bom retorno e constante! Como fazem isso, é problema deles...
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