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Virou Festa da Xuxa

Publicado 10.02.2017, 15:51

Todos felizes

Quanto riso, ó, quanta alegria.

O dia é de alta nos principais mercados mundo afora, refletindo dados acima do esperado da balança comercial chinesa de janeiro e impulsionados pelo gerenciamento de expectativas de Trump (falo a respeito mais adiante).

Nova York em alta, retomando parte do espaço que treasuries e juros conquistaram nas últimas sessões. Atenções voltadas à visita do premiê japonês, da qual já falamos ontem.

Por aqui, todos felizes. Destaque para exportadoras entre as principais altas. Na ponta contrária, um mix com predominância de nomes locais. Juros estáveis.

Ossos do ofício

— Vai lá, fala alguma coisa!

O cara se ajeita na cadeira, abotoa o colarinho e atende o telefone. Do outro lado, jornalista em busca de certezas que o sujeito definitivamente não tem.

Ele estufa o peito feito pombo e, com ar professoral, enuncia suas previsões — que são um enorme mix daquilo que todo mundo está falando. Depois sai a matéria: “especialista prevê que…”

Se o jornalista ligasse um dia antes ou depois, era bem possível que o discurso fosse bem diferente. Ossos do ofício.

Festa da Xuxa

Nos últimos dias, o pão quente é prescrever a redução imediata da meta de inflação. Como diria um amigo, virou festa da Xuxa.

Está fácil: o mercado se empolgou com as declarações de Ilan e Meirelles. O sujeito identifica a tendência e incorpora isso a seu discurso, não raro carregando nas tintas. Para ele, há muito mais a ganhar do que a perder: se ocorrer, vira gênio; caso contrário, logo todo mundo esquece.

Já falamos aqui sobre o tema, mas sempre mirando um horizonte mais longo. Se seguirmos bem rumo à outra margem, haverá condições para uma inflação menor no futuro? Com certeza sim. Nossa situação é suficientemente consolidada hoje para que se faça algo de imediato? Tenho minhas dúvidas.

Nesse estica e puxa, vale um pouco de parcimônia.

O anúncio do anúncio

A tarde de ontem foi exemplo perfeito de como têm funcionado o mercado americano desde as últimas eleições: reações agudas a muita expectativa e pouca substância.

Mais cedo falávamos nos sinais reiterados de cansaço vistos por lá, diante da falta de sinais concretos dos planos de Trump para os próximos meses e anos.

Bastou que Donald anunciasse que anunciará (sim, isso mesmo!) planos no front tributário nas próximas semanas para que os compradores voltassem à cena com ânimos revigorados.

“Não sabemos o que será, mas sabemos que vai ser bom.
Compracompracompra!”

Resta saber se os planos serão compatíveis com o quadro fiscal do país.

Troca de editoria

Está duro de acompanhar Brasília nos últimos dias.

Boa parte das tramas que têm sido estampadas nas páginas das editorias de política poderia, perfeitamente, ser transferida a policial — começando pelos personagens, que já são bem conhecidos de ambas.

Tanta bandalheira me traz desconforto, para dizer o mínimo. É duro constatar o lamaçal do qual esperamos que surja o Novo Brasil.

Pode dar ruim? Claro que pode. Tomemos cuidado com o que nos sintamos predispostos a julgar como dado: há riscos no front político que não podem — nãodevem — ser ignorados.

Passos no caminho certo

A Easynvest anunciou ontem o fim da "corretagem mínima" que cobrava dos clientes que executavam menos de três operações mensais.

Já era em tempo — realmente em tempo. Não achava a prática bacana: para quem opera pouco, o efeito prático era uma caríssima taxa de custódia disfarçada de outra coisa.

São dignos de nota os passos no caminho certo vistos por lá e em outras corretoras independentes. Quem ganha com isso é você, com concorrência saudável traduzida em políticas de preço razoáveis e esforços redobrados em qualidade de serviço e atendimento.

Concorrência faz bem. Que continue assim!

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