Boatos, vazamentos e ruídos, emergentes ‘fora de moda’, piora no nosso financiamento externo, cenário internacional volátil e uma breve melhora no humor de economias centrais, com os avanços nas conversas entre os líderes do G7.
Este é o resumo da sessão de ontem.
O mercado ontem sofreu perdas na contramão do contexto internacional em um misto de apreensão com boatos ventilados pelo presidente Bolsonaro que uma acusação falsa contra alguém próximo dele surgiria e pelo vazamento da delação de 2016 do BTG (SA:BPAC11).
Isso foi suficiente para reverter o que desenhava como uma sessão positiva e continuamos no ritmo forte de perdas em todos os mercados.
No âmbito econômico, novamente as contas externas não são financiadas pela entrada de capital estrangeiro.
Muito disso ocorre não por um movimento de aversão específica ao Brasil, porém de um contexto global de aversão ao risco, principalmente de países emergentes.
O problema é que a melhora de tal contexto ainda depende do desenrolar da guerra comercial e uma solução mais urgente, antes que a retórica de Trump leve os EUA à recessão num ponto em que um afrouxamento monetário não será suficiente para reverter o processo a tempo de ajudar na reeleição.
Trump dá leve sinais de que já entendeu o contexto, porém o recuo pode custar caro tanto ao presidente, quanto aos EUA, pois existem pontos realmente críticos na proposta que não poderiam ser deixados de lado.
Por outro lado, a China tem dado sinais reiterados de contração econômica e hoje veio a notícia de que o governo central ordenou aos regionais para retirar/relaxar as restrições de compra para veículos de nova energia, abrindo espaço também para o mercado de usados.
Este é um impulso adicional para incrementar os lucros industriais, em alta em julho, puxados pelas margens do setor petroquímico e automobilístico, graças à elevação dos gastos públicos.
Neste sentido, o movimento recente de redução do piso das taxas de empréstimos prime (LPR) busca aumentar o papel das forças do mercado na determinação das taxas e reduzir os custos de financiamento na economia real. Isso ajuda a reduzir o custo de financiamento para as LPR, mas não pode fazer muito sobre a principal restrição ao crescimento do crédito que é a falta efetiva de demanda.
Ou seja, o mundo todo tem algum nível, maior ou menor de problema e a guerra comercial só vem a adicionar volatilidade ao contexto.
Thanks, mr. Trump.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta após uma potencial reaproximação após uma escalada das tensões comerciais no fim de semana.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, seguindo ocidente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto pelo minério de ferro em portos chineses.
O petróleo abre em alta, na expectativa por um acordo comercial.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,35%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1564 / 0,80 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,018%
Dólar / Yen : ¥ 105,79 / -0,311%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / 0,409%
Dólar Fut. (1 m) : 4151,19 / 0,82 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,34 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,51 % aa (1,29%)
DI - Janeiro 23: 6,59 % aa (2,33%)
DI - Janeiro 25: 7,06 % aa (1,73%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,27% / 96.430 pontos
Dow Jones: 1,05% / 25.899 pontos
Nasdaq: 1,32% / 7.854 pontos
Nikkei: 0,96% / 20.456 pontos
Hang Seng: -0,06% / 25.664 pontos
ASX 200: 0,48% / 6.471 pontos
ABERTURA
DAX: 0,202% / 11681,59 pontos
CAC 40: 0,079% / 5355,23 pontos
FTSE: -0,333% / 7071,34 pontos
Ibov. Fut.: -1,68% / 96718,00 pontos
S&P Fut.: 0,052% / 2884,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,030% / 7592,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,17% / 76,48 ptos
Petróleo WTI: 1,21% / $54,29
Petróleo Brent:0,97% / $59,27
Ouro: 0,25% / $1.531,06
Minério de Ferro: -0,46% / $92,45
Soja: 1,02% / $14,92
Milho: -0,14% / $358,00
Café: 1,67% / $94,15
Açúcar: -0,09% / $11,42