O dólar foi derrubado mundo afora depois que o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que o banco central pode reduzir o ritmo de seus aumentos na taxa básica de juros já em dezembro. Após essa fala o movimento mundial foi de apetite a risco, e aqui não foi diferente. O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,1996 para venda. No mercado agora, para cerca de 75% dos investidores há chance de o Fed aumentar sua taxa básica em 0,50 ponto percentual quando as autoridades se reunirem em dezembro, depois que o banco central americano promoveu ajustes maiores, de 0,75 ponto, em suas últimas três reuniões.
Porem, nem tudo são flores por aqui. Os riscos fiscais se mantém na mesma e indefinições sobre quem assumirá a pasta da fazenda ainda deixam o investidor receoso.
Os temores sobre a magnitude dos gastos extra-teto pretendidos pelo governo eleito e dúvidas sobre quem será o ministro da Fazenda de Luiz Inácio Lula da Silva trazem estresse para o mercado brasileiro. Mas a PEC provavelmente não será aprovada nos termos que a proposta foi feita. Dificilmente a gente vê uma proposta saindo do Poder Executivo sem negociações e alterações dentro do Poder Legislativo.
Incertezas quanto à solidez e à segurança das regras fiscais têm reflexo negativo na atividade econômica e no investimento. Maiores juros oneram a União ao mesmo tempo que desestimulam investimentos privados produtivos, afetando negativamente o nível de crescimento, emprego e a renda da população.
Sobre o dólar, enquanto nosso diferencial de juros continuar compensando, devemos atrair capital especulativo. Se o nosso juro se mantiver, ou até subir e o juro americano subir menos do que o mercado espera, força para o real. Resta saber se a política vai deixar nossa moeda se valorizar.
Para hoje calendário terá na Europa a taxa de desemprego, pronunciamentos de Lane e Elderson do BCE. Nos EUA, pedidos por seguro desemprego, PMI e discurso de Bowman, membro do Fomc. Por aqui, sairá PIB e PMI industrial.
Boa sorte, turma, muito lucro e ótimo dia.