O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), elevou as taxas dos Fed Funds em 0,75 ponto percentual como era esperado pelo mercado. Agora, a faixa de intervalo da taxa de juros nos EUA é de 3,00% - 3,25% ao ano. Enquanto isso, no Brasil, o Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 13,75%.
Para o investidor, o cenário foi positivo, tranquilizando aqueles que temiam um tom mais duro de ambas autoridades monetárias e, principalmente, mostrando que o cenário prospectivo para a atividade econômica segue o curso de recuperação, pelo menos no Brasil.
Enquanto em economias avançadas o cenário para a inflação segue em patamar elevado, exigindo mais aumentos da taxa de juros, na economia doméstica o cenário é de fim do aperto monetário, iniciado em março do ano passado.
Neste contexto, a expectativa é que a atividade econômica dos EUA siga em um ritmo de desaceleração, mas, sem indícios de que os juros altos na atual magnitude e velocidade aumente a probabilidade de uma recessão. Por aqui, ainda que o Banco Central brasileiro tenha mantido o tom de cautela quanto à inflação prospectiva, a expectativa de manutenção da Selic abre as portas para o próximo ciclo, de redução da taxa básica de juros.
Juros x Investimentos
No mundo pós pandemia, e lidando com os efeitos geopolíticos na inflação, economias emergentes têm apresentado um dinamismo positivo e o ciclo de aperto monetário está com os dias contados.
Ainda que os investimentos em renda fixa continuem atrativos, a busca por rentabilidade maior começa a chamar a atenção e nesse mercado encontram-se os ativos em renda variável. Mas, atenção: nos investimentos em bolsa de valores, por exemplo, não há garantia de retorno e são investimentos arriscados, especialmente no curto prazo.
Assim, a veracidade é que a economia brasileira está entrando em um novo ciclo de juros e oportunidades em ambas classes de investimento devem receber a atenção do investidor.