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Fiat Vê Fusão Com a Chrysler Como Saída Para Crescer

Publicado 24.04.2013, 23:52
Atualizado 14.05.2017, 07:45

A montadora italiana Fiat SpA F.MI +2.53% está tentando formular um plano para adquirir a parte da Chrysler Group LLC que ela ainda não tem e, então, abrir o capital da empresa combinada nos Estados Unidos para recompor seu caixa, disseram pessoas a par das negociações.

A Fiat está negociando um financiamento com um grupo de bancos de investimento — que inclui J.P. Morgan Chase JPM +1.14% & Co., Bank of America BAC +1.99%Merrill Lynch e Deutsche Bank AG DBK.XE +2.76% — para ajudá-la a comprar os 41,5% da Chrysler hoje em mãos do fundo fiduciário de saúde do UAW, o sindicato dos empregados da montadora americana.

As ações do fundo valem entre US$ 1,75 bilhão e US$ 4,27 bilhões, segundo cálculos da Fiat e do fundo. Ambos estão engalfinhados numa disputa judicial em torno do preço de uma parte da fatia. Uma audiência sobre o assunto está marcada para hoje num tribunal do Estado americano de Delaware.

A Fiat não quis comentar.

Uma fusão entre Chrysler e Fiat seria um grande passo para consumar o plano que o diretor-presidente Sergio Marchionne tinha para a Fiat quando assumiu seu controle quase dez anos atrás — e a do governo dos EUA, que salvou a Chrysler em 2009 ao empurrá-la para uma concordata e dar o controle dela à Fiat. Uma oferta pública inicial de ações marcaria a volta da Chrysler ao mercado acionário que deixou em 2007, quando teve seu capital fechado.

Philippe Houchois, analista do banco UBS UBSN.VX +1.05% em Londres, disse que listar a empresa combinada faria sentido. "Se você olhar a estrutura agora, você tem uma boa filha com uma mãe problemática, o que pode ser perigoso", disse ele. "Se você inverter as coisas e a Fiat virar uma divisão da Chrysler, fica mais fácil lidar com o problema."

Marchionne, um ítalo-canadense de 60 anos que começou sua carreira como contador, chegou à Fiat em 2004 e deixou clara sua opinião de que a companhia só poderia sobreviver no longo prazo se achasse um sócio ou criasse uma montadora global à altura de concorrentes como General Motors Co., GM +2.01% VolkswagenAG VOW3.XE +2.59% e Toyota Motor Corp. 7203.TO +1.25%.

Em 2012, essas três montadoras produziram mais de oito milhões de veículos cada. A Fiat fabricou cerca de dois milhões e a Chrysler, 2,4 milhões.

A necessidade de ganhar escala foi ressaltada nas últimas semanas, pois a GM e a Volks afirmaram que gastariam bilhões de dólares para se expandir na China, o maior mercado automobilístico do mundo. A Fiat e a Chrysler ainda estão tentando aumentar suas operações lá.

Durante a profunda recessão da indústria automotiva americana, em 2009, muitos especialistas do setor acreditavam que a Chrysler era muito pequena e muito fraca para competir no mercado mundial. O Tesouro dos EUA chegou até a cogitar deixar a empresa falir, antes de fechar o acordo com Marchionne que deu à Fiat 20% da Chrysler e o controle operacional.

Desde então, Marchionne levou a Chrysler de volta à lucratividade, a montadora pagou os empréstimos do governo e a Fiat aumentou sua fatia para 58,5%.

O diretor-presidente disse que quer comprar o resto da Chrysler para fundir as duas empresas, mas suas iniciativas vêm sendo dificultadas pelos problemas econômicos da Europa, que prejudicaram as finanças da Fiat. A companhia estaria no vermelho sem os lucros da Chrysler.

Uma fusão poderia ajudar a Fiat porque as montadoras precisam investir continuamente bilhões de dólares em capital para desenvolver novos veículos e modernizar fábricas. Abrir o capital na bolsa americana criaria uma nova fonte de recursos para a empresa, disseram pessoas a par do assunto.

Marchionne também está ansioso para combinar as empresas para que a Fiat possa ter acesso ao capital da Chrysler. A Fiat está impedida de usar o caixa da filial por cláusulas em contratos de dívidas da Chrysler. Uma companhia totalmente combinada teria mais facilidade em refinanciar dívidas e eliminar tais restrições contratuais, dizem analistas.

Marchionne já disse acreditar que a Fiat será capaz de fazer a fusão com a Chrysler até 2014, embora a Fiat tenha primeiro que chegar a um acordo com o fundo fiduciário quanto ao preço. A Fiat vai provavelmente depender bastante do seu próprio capital e empréstimos para financiar a aquisição da Chrysler. A empresa tem ativos que não são essenciais para sua área automotiva, mas banqueiros que conhecem esses ativos dizem que eles não valem o suficiente para financiar uma parte substancial da compra.

A Fiat, que terminou 2012 com 11,1 bilhões de euros (US$ 14,45 bilhões) em dinheiro e ativos líquidos, excluindo os ativos da Chrysler, tem caixa para comprar as ações do fundo. Mas usar esses recursos a colocaria em risco de ter sua nota de crédito rebaixada pelas agências de classificação, o que poderia elevar seus custos de captação. Uma pessoa a par do assunto disse que Marchionne poderia estar disposto a correr o risco desde que o rebaixamento não impeça totalmente a Fiat de conseguir futuros empréstimos.

"Nada será decidido até sabermos quanto [a Fiat] tem que pagar [pela participação que falta]", disse a pessoa.

Se a Fiat conseguir comprar a Chrysler, uma oferta de ações nos EUA poderia ajudar a avaliação da empresa combinada, pois investidores talvez passem a vê-la como uma montadora americana em vez de uma europeia.

A Fiat ainda não definiu se continurá tendo ações negociadas na Europa, disseram pessoas a par do assunto. A listagem na bolsa americana é um dos vários planos analisados pela Fiat e é possível que Marchionne acabe desistindo dele, segundo as pessoas.

Marchionne não quer que a Chrysler faça uma oferta de ações separada da Fiat, cuja ação é negociada na bolsa de Milão. Isso também dependeria de a família fundadora da Fiat, os Agnelli, estar disposta a ter sua participação de 30,05% na montadora diluída no processo, disse uma das pessoas. Numa conversa com consultores, Marchionne foi claro sobre seu desejo de reduzir a dependência da Fiat das operações na Itália, onde as vendas de automóveis estão caindo e o governo e os sindicatos resistem a iniciativas de enxugar o negócio, disseram pessoas a par das discussões.



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