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Fiscal com Alternativa Única e Economia Dependente do Programa de Ajuda Governo!

Publicado 19.10.2020, 10:01
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Logo após o mês de abril, quando houve intensificação do otimismo com sinais primários e modestos de recuperação da atividade econômica do país, tivemos oportunidade de destacar que “o governo era o grande consumidor presente na economia”, visto que com o “pass-through” de generosos montantes de recursos através os programas assistenciais às populações carentes, face à pandemia do coronavírus, tinham condições de consumo.

Este círculo vicioso tornou-se predominante e houve muito entusiasmo sem se reconhecer que a economia por conta própria ainda gerava baixa capacitação de consumo à população, mas, até por conveniência, houve uma miscigenação vários fatores sem se atribuir o justo peso aos programas governamentais geradores de renda e que, ao impactar no varejo repercutiram no atacado e impulsionaram setores produtivos.

Agora, quase um semestre após os sinais mais alvissareiros há muitas comemorações em torno deste ou daquele indicador de melhora da atividade econômica, mas há também, estranhamente, uma ausência de percepção objetiva desta ebulição na atividade, e isto faz aflorar, no momento em que quase cessa a capacidade do governo de continuidade dos programas assistenciais a efetiva transparência do quanto tudo que aconteceu tem dependência direta destes programas.

Por outro lado, a “fatura” consequente está visível na situação fiscal do país, que já não era brilhante antes da pandemia, mas que sofreu forte agravamento com as benesses distribuídas com baixo grau de planejamento.

Os recursos do governo estão no limite, mas a necessidade da população carente não e, o pior, a crise da pandemia do covid parece assombrar o mundo com um “breve retorno”, o que já está exigindo das principais economias novos programas assistenciais à população e a economia em si.

Então, o Brasil se vê num grande “corner” quase sem saída!

Por mais divagações que aconteçam, a proposta única do governo, através o Ministério da Economia, é a criação da CPMF, seja com este nome ou quaisquer outros e o Ministro Guedes persiste na dinâmica de afirmá-lo e desmenti-lo como alternativa quase que diariamente, deixando transparente toda a sua insegurança, e este sabidamente, é um péssimo tributo na sua dinâmica e extremamente nocivo para a economia que está precisando de estímulos e não de agravos.

A resultante concreta e efetiva demonstra que a retomada do emprego é bastante lenta, o consumo por conta própria sem o governo tende a retroceder e a ser mais defensivo, e que a economia vai precisar de mais incentivos, a exemplo do que ocorre até mesmo nas grandes economias mundiais que evidenciam que a retomada ocorre abaixo das expectativas e há absoluta necessidade de aportes e benefícios volumosos adicionais.

Então, o Brasil se vê num grande “corner” quase sem saída! Isto é desalentador.

Não há recursos, o tributo provável é um antídoto a retomada da atividade econômica, o temor de rompimento do teto orçamentário é algo presente, o que leva o Ministro da Economia a afirmar que não desistiu do tributo e que não estenderá o auxílio emergencial em 2021.

Desta forma, a perspectiva torna-se desalentadora e sugere que refaçamos as projeções para 2021, seguramente mais cautelosas e num ambiente mais adverso.

O país convive com a baixa atratividade aos investidores externos e é pouco eficaz na gestão das privatizações que poderiam ajudar a superar esta situação, e convive, ainda muito silenciosamente, com o insucesso da estratégia do “câmbio alto juro baixo” que não logrou alcançar os objetivos e em suma só beneficiou o setor do agronegócio em suas exportações e trouxe para a economia interna forte carga inflacionária do rebote dos preços na cadeia de produtos alimentícios exportáveis, que dizima a já frágil renda do consumidor oprimido pela crise da pandemia, e aviltará em 2021 as tarifas de serviços administrados atrelados ao IGP-M que capta todo o impacto, diferentemente do IPCA que reajusta salários.

Até então, dentro das nossas limitações, havíamos adotado políticas sociais similares às das grandes potências, agora, é criado o hiato, não temos mais condições e as alternativas restantes são as piores.

Esta é a perspectiva, muitíssimo ruim, e que intensifica dúvidas e incertezas, e isto ao aflorar nossa realidade inibe a propensão ao investimento e efetiva retomada da atividade econômica, colocando na trajetória até a possibilidade de retração do discreto avanço ocorrido.

Neste contexto é difícil ser otimista com a perspectiva em torno da Bovespa, certamente vivendo de espasmos de altas e baixas pontuais e que podem reverter performances de empresas até agora bastante positivas, enquanto o dólar, não por demanda específica de mercado à vista, mas sim por busca de “porto seguro” defensivo será demandado no mercado futuro e sustentará preço e volatilidade, requerendo atuação pontual do BC na oferta de swaps cambiais novos.

Momento bastante preocupante para o nosso país!

Últimos comentários

A melhor coluna.inclusive os comentários.Prabens a todos!
Não consigo entender essas privatizações... vai privatizar por 200 bilhões a petrobrás pra resolver o problema fiscal? Não seria melhor ficar com ela dando lucros contínuos ou, até mesmo fechar a empresa caso esteja dando prejuízo?
Colega falar contra privatização no Governo Federal e no mercado financeiro é pecado. O artigo, já traz a resposta. No Brasil o Estado é o grande, para não dizer o único, indutor da geração de empregos e investimentos.
Empresas crescendo a dois dígitos e superavit comercial recorde de 55 bilhões de dólares, desemprego diminuindo e o emergente com melhor recuperação no mundo, como vêem existe o copo meio vazio e o meio cheio, prefiro o segundo.
Superavit não é sinal de crescimento, mas sim de falta de comercio reciproco, exportamos nossas matérias primas e não importamos nada então sobra ilusoriamente pois não há intercâmbio comercial considerável. Emergente com melhor recuperação é uma jabuticaba pois aguentou-se até aqui com recursos do próprio governo incentivando diretamente o consumo minimo, um ledo engano. O risco é o copo começar a esvaziar.
Começou com dólar descontrolado, taxa Selic irreal e rombo nas contas públicas. estamos perdidos
O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), indicador calculado pelo IBGE, subiu 1,44% em setembro, a maior alta desde julho de 2013. No mesmo mês de 2019, o índice foi de 0,37%. Desde o começo do ano, o Sistema acumula alta de 4,34% e, nos últimos 12 meses, o indicador totaliza 4,89% de aumento. O teto de gastos será respeitado.
Construção civil é a nova poupança, cimento e tijolo inspira confiança e segurança. Não há nenhum milagre, o sofisticado opera no mercado futuro de dolar, o comum onde se parece mais seguro.
O Ibovespa atingiu agora às 11:00 h 100.000 pontos. MOMENTO PREOCUPANTE PARA O PAÍS PESSIMISTA
O Bovespa não representa a economia brasileira, não tem comportamento homogeneo e vive de espasmos de um ou outro papel e esta no entorno de 100.000 pontos desde muito e ai vai permanecer com grande volume de operações de day trade especulativos diarios. A Bovespa não tem investidores e os poucos que tem o governo vai espantar tributando os dividendos. Não se iluda.
Indicador da Construção Civil tem maior variação mensal desde julho de 2013
Gosto bastante desse autor, proporciona pior visão possível e isso é bom e importante, muito embora não compartilhe de seu pessimismo. O mercado não prevê a inflação galopante, segundo, o autor ignora a criação de empregos minimizando os resultados obtidos, terceiro, dentre vários países o Brasil é um dos que mais rapidamente se recupera. As únicas pessoas que corroboram a tese pessimista deste excelente autor são de caráter eminentemente progressista, ou seja muito jovens seduzidos por uma utopia que nunca se realizou em lugar nenhum do planeta, vítimas de letramento e com dificuldade de separar fatos de narrativas. O fato é que o Brasil criou 249 mil vagas formais de emprego no melhor agosto em dez anos. Setembro será melhor que agosto, onde o país criou 6 mil empregos por dia. Os índices da construção civil são os melhores possíveis, trata-se do carro chefe que vai nos tirar da pobreza criada pelo estado perdulário e ineficiente de sempre.
Se tudo fosse como vc vê não teriamos o governo atrapalhado para sair do enrosco em que está. Vc está vendo coisas que não existem o desemprego cresce e o emprego terá sua oferta cada vez menor, a reposição será muito abaixo dos desligamentos havidos. O Guedes cada dia joga uma ideia para ver se cola e depois se desmente, porque não há alternativas e se cessar as benesses a população carente o consumo vai para o brejo, porque grande parte a inflação da cesta básica ja corroeu
O mais preocupante é a falta de um plano exequível para mudar esta situação.
Bozo e o incompetente Guedes arrebentando com o país
Visão bastante pragmática da situação atual
Acordarmos ?.... Not yet!
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