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Fotos do Peru do Obama

Publicado 23.11.2016, 15:40
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Peruzão

Amanhã é feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos — Barack Obama comerá seu último peru na Casa Branca.

Os perus da bolsa estão alegres e satisfeitos, comemorando dado mais forte do que o esperado de encomenda de bens duráveis, que impacta expectativa de inflação e, portanto, impulsiona (ainda mais) o yield das Treasuries. Na esteira, o dólar se valoriza ante maioria das principais divisas globais, contra as quais atinge o maior nível em 14 anos.
Fotos do Peru do Obama

Em se tratando de Treasuries, aliás, o movimento de queda dos títulos (e consequente alta dos yields) visto desde a eleição de Trump é o mais intenso desde pelo menos 1979.
Fotos do Peru do Obama

Ao final de um ano de alimentação diligente, os perus nunca se sentiram tão saudáveis. Todos confiantes de que receberão, amanhã — e depois, e também depois... —, mais uma dose generosa de ração.

Perguntemo-nos desde já: será que, sob Trump, o peru continuará crescendo?

…ou se aproxima o dia do abate?

Pelo sim, pelo não...

Dia de baixa por aqui, à exceção principalmente de exportadoras — reflexo do dólar, fundamentalmente. Repercutem localmente os dados de inflação e os avanços nas tratativas de socorro aos Estados. Sobre ambos, falo em mais detalhes logo abaixo.

O que quero chamar atenção é, de novo, para a necessidade de um pouco de cautela diante da euforia. Tal qual insistimos em buscar proteção logo antes das eleições — e deu Trump! —, seguros e canja de galinha não fazem mal a ninguém em meio a tantos superlativos no mercado lá fora.

É uma lição que os leitores do Palavra do Estrategista já sabem de cor — uma lição essencial para chegar vivo à Black Friday.

O resto é distração

No final do dia sai a ata do Fed, que deve indicar que o comitê de política monetária baseia suas decisões nos indicadores da economia real, e não nas narrativas do New York Times. A ata sai com uma semana de antecedência à reunião do Copom. Tempo de sobra, portanto, para que Goldfajn e equipe a leiam e releiam em busca de inspiração.

Podem falar no que quiserem: crise dos Estados, desventuras da governabilidade, Donald Trump e tudo mais: o que realmente importa (ou deveria importar) para o Copom é o comportamento da inflação. O resto é distração.

E nesse sentido, seguem avançando os esforços em torno da PEC do Teto — com o front fiscal mais comportado, é benéfico o impacto sobre preços — e IPCA-15 de hoje veio ligeiramente abaixo do esperado. Consolida-se assim a visão de que o comitê decidirá por corte de pelo menos 25 pontos. Pelo menos.

Juros chegaram a recuar mais cedo, no calor da divulgação do indicador, mas nesse momento a curva volta a abrir um pouco. Tudo dentro da margem de erro: seguimos apostando na queda.

Cerrrto?

O Governo cedeu, e dividirá com os Estados os recursos oriundos do programa de repatriação de ativos (que eufemismo bonito para "anistia à lavagem de dinheiro"). Os cheques devem perfazer 5 bilhões de reais.

Meirelles, entretanto, enfatizou que os recursos só serão liberados mediante medidas concretas de ajuste fiscal a serem promovidas pelos entes federativos.

Enquanto isso, na Assembleia Legislativa fluminense, as propostas de ajuste fiscal apresentadas pelo Pé Grande foram virtualmente desmanteladas. Dentre outras, a Justiça do Rio declarou inconstitucionais o aumento da contribuição previdenciária e o fim dos reajustes salariais trianuais do funcionalismo. Coube aos deputados, por sua vez, sepultar as iniciativas que extinguiam autarquias estaduais.

Isso significa, portanto, que o Rio de Janeiro não verá um centavo dos recursos. Cerrrto?

(Silêncio...)

Mas tudo bem (tudo bem?): tudo indica que, mesmo com a facada de última hora, o Governo Federal fecha 2017 na meta. Então o mercado dará de ombros.

O que não significa que, enquanto contribuintes, precisamos achar isso igualmente bom.

Mais sorte dessa vez, Soros

George Soros voltou a comprar ações de Petrobras (SA:PETR4). Única empresa brasileira de sua carteira, a petroleira vem passando por um intrincado processo de reestruturação sob a batuta de Pedro Parente. Ao que tudo indica, os sinais de convalescência de Petro atraíram o meta-capitalista.

Reconhecemos a inflexão em Petrobras, mas vemos em Banco do Brasil (SA:BBAS3) oportunidade muito melhor para capturar benefícios do choque de gestão. Caffarelli vem fazendo a lição de casa, cortando custos na carne e investindo em tecnologia. Além disso, os bancos já anunciaram o topo das despesas com inadimplência e sinalizam a reabertura das torneiras do crédito.

De qualquer forma, desejamos mais sorte no investimento em Petro do que teve investindo em Hillary Clinton.

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