Levantamento do Cepea mostra que os preços internos da carne de frango têm caído com força. A pressão está atrelada sobretudo à maior oferta que vem sendo realocada ao mercado doméstico há duas semanas, com a confirmação de caso do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em matrizeiro de aves comerciais no município de Montenegro (RS). Atualmente, a União Europeia e mais outros 24 países embargaram a commodity de todo o território brasileiro, 16 outros países restringiram as compras de carne com origem do Rio Grande do Sul e dois países deixaram de comprar a proteína oriunda do município de Montenegro. De fato, agentes consultados pelo Cepea observaram nestes últimos dias um fluxo mais intenso de produtos avícolas do Sul do País a preços mais competitivos, resultando em um desequilíbrio de oferta e demanda na região. Vale lembrar que o Sul é a maior região produtora e exportadora de carne de frango do Brasil. Por sua vez, a demanda doméstica pela proteína está enfraquecida, principalmente neste período de encerramento de mês, quando o poder de compra da população é menor. Esse contexto reforça o movimento de retração nos valores de negociação da carne.
OVOS: Maio encerra com baixa liquidez e preços em queda
O mercado de ovos encerra maio com baixa liquidez e recuo nos preços em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. De acordo com agentes consultados pelo Centro de Pesquisas, o ritmo mais lento das vendas aumentou os estoques nas granjas em diversas praças. Esse cenário levou à desvalorização da proteína, diante da dificuldade de escoamento da produção. A expectativa dos colaboradores do Cepea é que, com a virada do mês e o típico aquecimento na demanda, o fluxo de vendas se eleve. Além disso, há relatos de descarte de poedeiras mais velhas em algumas regiões, medida que pode influenciar no controle da oferta no mercado interno e ajudar a sustentar os valores da proteína.
CITROS: Maior oferta mantém pressão sobre cotações
Os preços da laranja seguem em queda no mercado de mesa, refletindo a maior oferta, sobretudo de frutas precoces, apontam levantamentos da equipe Hortifrúti/Cepea. Nesta semana (de 26 a 29 de maio), a média da pera in natura na árvore está em R$ 74,68/caixa de 40,8 kg, baixa de 3,42% em relação à do período anterior. Para as variedades precoces, a westin é comercializada à média de R$ 71,05/cx e a hamlin, de R$ 69,68/cx, recuos de 8,4% e 7,11%, respectivamente. Também na parcial desta semana, a caixa de 27,2 kg da lima ácida tahiti registra média de R$ 26,34/cx, desvalorização de 0,36% frente à do período anterior. Agentes consultados pelo Hortifrúti/Cepea apontam que algumas indústrias pararam de moer a fruta nas últimas semanas, o que tem reforçado o recuo nas cotações do mercado de mesa também.