Os futuros do café acumularam valorização nesta semana, influenciados pelo dólar e pelo clima no Brasil. A moeda norte-americana encerrou o pregão de ontem a R$ 3,8005, com alta de apenas 1,2% em relação à última sexta-feira. O mercado cambial apresentou significativa volatilidade, principalmente devido ao cenário político doméstico. Porém, o desempenho aquém do esperado de alguns indicadores macroeconômicos dos Estados Unidos, que aumenta as apostas contrárias à alta dos seus juros ainda em 2015, ameniza a tendência de depreciação do real ante o dólar.
As condições climáticas no cinturão cafeicultor brasileiro também têm conferido suporte às cotações futuras do arábica. Segundo a Climatempo, um sistema de alta pressão atmosférica dificulta a formação de chuvas no interior da Região Sudeste. Entre 19 e 23 de outubro, a previsão de volumes acumulados para a maioria das áreas produtoras de café não ultrapassa os 30 mm.
Na ICE Futures US, o vencimento dezembro do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,3370 por libra-peso, acumulando ganhos de 210 pontos ante o fechamento da semana passada. Na ICE Futures Europe, o contrato futuro do café robusta acompanhou a tendência de alta. O vencimento novembro/2015 encerrou o pregão a US$ 1.667 por tonelada, com valorização de US$ 44 em relação ao final da semana anterior.
No mercado físico nacional, os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 500,81/saca e a R$ 363,47/saca, respectivamente, com altas de 2,4% e 1,1% em relação ao fechamento da semana anterior. Apesar da elevação dos preços, que para o café arábica atingiram o maior valor em cerca de um ano, os produtores seguem retraídos, aguardando melhor definição do cenário de oferta e demanda de mercado.
Atenciosamente,
Silas Brasileiro
Presidente Executivo