Em meio ao crescimento da volatilidade, os futuros do café acumularam perdas nesta semana. Indicadores técnicos, vendas especulativas e o comportamento do dólar influenciaram esta tendência.
Na ICE Futures US, o vencimento setembro do Contrato Cfoi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,421 por libra-peso, perdendo 410 pontos em relação ao fechamento da semana passada.
O vencimento setembro do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 1.817 por tonelada, com desvalorização US$ 31 em relação à última sexta-feira.
No tocante ao mercado cambial, na quinta-feira, o dólar comercial foi cotado no Brasil a R$ 3,1945, menor valor do último ano, acumulando queda de 1,5% na semana. O corte de juros promovido pela autoridade monetária britânica estimulou o fluxo de capital para economias emergentes, entre elas a do Brasil.
A valorização do real no pregão de ontem favoreceu recuperação das cotações do Contrato C, na bolsa de Nova York. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informou que a colheita da safra brasileira 2016/17 atingiu 60% da produção esperada até o final de julho, estando adiantada em relação ao mesmo período do ano passado.
O mercado apresenta baixa liquidez, com produtores concentrando-se nas operações de colheita e separando lotes para entrega futura.
Os preços dos cafés de elevada qualidade também desestimulam o aquecimento da oferta. Ontem, os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 481,93/saca e a R$ 421,51/saca, respectivamente, com variação de -2,5% e 0,2% em relação ao fechamento da semana anterior.
Atenciosamente,
Silas Brasileiro
Presidente Executivo