Os contratos futuros do café voltaram a ter desempenho positivo nesta semana, recebendo suporte do enfraquecimento do dólar e da manutenção de fundamentos positivos relacionados a uma menor oferta global e a possibilidade de retomada do consumo nos EUA e em países da Europa, à medida que a vacinação evolui.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento maio/21 encerrou a sessão de ontem a US$ 1,3235 por libra-peso, acumulando valorização semanal de 350 pontos. Na ICE Europe, o vencimento maio/21 do café robusta acumulou ganhos semanais de US$ 38, finalizando a quinta-feira a US$ 1.419 por tonelada.
O dólar comercial se depreciou no intervalo, à medida que, nos EUA, as taxas de juros de títulos de 10 anos tocaram 1,55%, com números superiores ao esperado para os pedidos de auxílio-desemprego.
No Brasil, a pressão veio da intervenção do Banco Central, do IPCA de fevereiro, que foi de 0,86% e ficou acima do teto das projeções, o que fez com que a curva de juros passasse a precificar alta de 0,75% na reunião do Copom da próxima semana. No fechamento, a divisa foi cotada a R$ 5,5428, com depreciação semanal de 2,5%.
No físico, após a correção da semana antecedente, as cotações permaneceram praticamente estáveis, o que manteve os vendedores afastados. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 736,80/saca (0,1%) e R$ 450,36/saca (estável).