O mercado de energia segue turbulento. Os preços do gás natural nos EUA subiram mais de 10% na segunda-feira, dia 25 de outubro, por conta das previsões do tempo de curto prazo, que apontam para um início de inverno antecipado. No entanto, os temores sobre a oferta parecem equivocados, já que os estoques mantêm-se elevados, a mudança de gás para carvão, nas usinas de energia, abre espaço para uma forte demanda externa e as projeções de longo prazo apontam para um inverno mais ameno do que frio no geral.
Parece que todos se focaram, de forma otimista, no mercado de gás natural dos EUA e acabaram sustentando alta dos preços. Mantemos nossa visão de baixa, assim como uma posição vendida. Antes um tanto protegidos da turbulência nos mercados de energia, os preços subiram mais de 10% neste 25 de outubro, acima de US$ 6 por milhão de unidades térmicas britânicas.
A perspectiva de um clima mais frio nos próximos dias aparentemente aumentou os temores sobrea oferta. Assim, o estoque de gás natural nos EUA continua alto, pouco abaixo das médias sazonais, e tem sido menos pressionado do que foi nos últimos tempos.
Os aumentos de preços nos últimos meses causaram uma mudança de uso nas usinas, do gás para o carvão, o que impactou a demanda doméstica e aumentou a oferta para exportações.
Os terminais norte-americanos de liquefação operam com capacidade máxima para atender à alta demanda da Ásia e da Europa. Os modelos climáticos de longo prazo até agora apontam para um inverno ameno, combinando com as recentes condições do fenômeno La Niña no Pacífico. Tal fenômeno climático gera consequências globais e tende a coincidir com temperaturas de inverno acima da média no leste da América do Norte.
Em suma, acreditamos que os recentes movimentos de preço são em grande parte resultado de sentimentos, não baseados em fundamentos. Mantemos nossa visão de baixa e nossa posição vendida no mercado futuro dos EUA.