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Governo Não Precisa de Ministro “Estrela”, mas de Coesão do “Staff”

Publicado 06.11.2014, 07:30

A missão agora é de reconstruir pilares importantes da economia que estão deteriorados, sendo absolutamente necessária determinação pelo “staff” que comandará a economia, sem o que o objetivo fundamental de reposição do país no direcionamento de superação da deterioração atual ficará prejudicado.

Está determinação coesa será fundamental para que o país possa cumprir linhas programáticas focando a recuperação do crescimento, que, na ponta final, deverá recompor a credibilidade e atratividade do país.

Para defrontar-se com este exuberante desafio de promover a reversão do “status quo”, já que nos últimos 4 anos o país viveu o retrocesso econômico com inflação em alta mesmo sendo contida pela apreciação estruturada do preço do dólar que retirou competitividade da indústria, além de investimentos insuficientes, política fiscal fortemente deteriorada e crescimento nanico do PIB, fatos ancorados nos indicativos gerados pela própria economia, o governo precisará de Ministro da Fazenda e todo o “staff” de comando da economia, envolvendo a própria figura da Presidenta, em perfeita sintonia e coesão em torno do objetivo.

Neste momento a atuação coesa e focada supera e dispensa a necessidade de um Ministro da Fazendo com “luz própria”, sendo necessário capacidade, discrição e espirito de equipe.

Neste governo da Presidenta Dilma, o contexto é bem diferente e adverso ao do governo do Presidente Lula.

O governo Lula encontrou um país com a indústria com capacidade ociosa e havia uma demanda reprimida por parte da população de baixa renda. A liberação do acesso ao crédito promoveu o crescimento a partir do consumo interno, ensejando até algum investimento por parte da indústria, mas não como alicerce do crescimento. O crescimento do período não foi construído com investimentos, foi pontual valendo-se de uma circunstância que gerou crescimento momentâneo, mas o suficiente para melhorar o conceito de risco do país que atrelado às altas taxas de juros praticadas promoveram forte fluxo de recursos externos que, com aumento da divida publica, permitiram que fossem acumuladas reservas cambiais.

Contudo, no primeiro governo Dilma a não percepção de que o modelo de consumo atrelado a crédito estava exaurido e a insistência no mesmo conduziu o país ao não crescimento provocando relevante deterioração econômica amplamente disseminada, que é agora o grande desafio a ser superado.

É verdade que tivemos a crise internacional, mas grande parte dos problemas do país teve origem em sua própria gestão, nos equívocos e não oriundos de problemas da crise mundial especificamente.

Parece-nos que acreditar em nomes isolados como capazes de promover a recuperação da economia do país é um erro neste momento, sendo necessário, isto sim trabalho fundamentalmente de equipe que tenha a disposição de focar o duro desafio da reabilitação do país.

Se a Presidenta Dilma escolher uma “estrela” para o Ministério da Fazenda e ele agir como tal, é muito provável que o seu brilho possa desaparecer num curto espaço de tempo.

No momento deve prevalecer o trabalho de equipe.

O movimento de apreciação do preço da moeda americana é tendência natural e consistente, pois o Brasil tem problemas de credibilidade e isto naturalmente deverá ter reflexos nos fluxos cambiais, tornando-os desfavoráveis. O setor externo poderá se agravar.

A tendência sugere que deveremos ter saída de recursos investidos em renda fixa e variável, que poderão ser agravados se o FED abreviar as mudanças na política monetária americana, e retração dos ingressos de recursos direcionados a conta de capital, IED´s, como reação natural dos investidores na avaliação da linha programática para a economia e sua recuperação que for definida pelo governo.

Não acreditamos que o BC encontre condições para interromper o seu programa de intervenção no mercado de câmbio com os instrumentos financeiros “swaps cambiais”.

O desarme desta intervenção não poderá ser abrupto, pois ainda há a falta de credibilidade na moeda brasileira, que assim continuará com a necessidade de ser ancorada por estes instrumentos, o que inviabiliza sua interrupção, que em quaisquer circunstâncias não poderá ser abrupta causando descasamentos das operações com “hedge”.

O desmonte deverá ser gradual, na medida do possível.

Na medida em que as operações com “hedge” forem sendo pagas ao exterior e ocorra melhora no fluxo cambial liquido para o país a demanda pelo instrumento cai e assim a rolagem será menor. Se não houver melhora do fluxo a rolagem deverá ser total, e se o fluxo cambial piorar deverá ser rolado o total vincendo e colocado o adicional para que os bancos possam proteger suas posições vendidas aumentadas.

Assim, o desmonte teria que ser monitorado com base nos fluxos cambiais e na continuidade da demanda de “hedge”.

Não podemos perder de vista que o BC oferece adicionalmente 4.000 contratos de novos swaps cambiais diariamente, afora a questão da rolagem. Este adicional poderia ser descontinuado e só ocorrer em volume não definido quando e se o mercado indicar demanda para tanto.

Na virada deste mês ocorre o vencimento de posição de US$ 9,83 Bi e pelo anuncio do BC, que iniciou a rolagem ontem, o BC deixaria de rolar US$ 2,35 Bi, mas estaria colocando pelo programa diário de oferta de 4.000 contratos, US$ 3,35 Bi, ou seja no todo a oferta ainda seria de US$ 1,0 Bi maior.

O fluxo cambial do mês foi positivo em US$ 6,927 Bi, uma surpresa, composto por US$ 5,412 Bi financeiro e US$ 1,515 Bi comercial. O financeiro teve um movimento pontual no dia 27 que proporcionou naquele dia saldo positivo de US$ 3,674 Bi.

Os bancos detinham em final de setembro posição vendida de US$ 17,163 Bi e a reduziram para US$ 10,189 Bi em outubro. A diferença ficou em US$ 6,974 Bi, o que deve ser o recuo dos bancos por demanda por “hedge” para as posições vendidas. Por outro lado, entre este montante e o ingresso liquido de financeiro de US$ 5,412 Bi que, teoricamente, admite-se ter demandado “hedge” há uma diferença de US$ 1,562 Bi, que pode ser reduzido pelo BC, hipoteticamente, na rolagem.

O BC, no nosso entendimento, precisará continuar “comprando credibilidade” para a moeda nacional com os swaps cambiais, até que a credibilidade natural seja readquirida pelo país e continuar também dependente dos bancos gerando liquidez do mercado à vista a partir de suas “posições vendidas”, evitando assim que tenha que fazer oferta direta de liquidez ao mercado à vista a partir da utilização das reservas cambiais, que poderia fomentar movimentos especulativos.

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