O mercado petrolífero está uma confusão, devido a uma confluência de fatores.
A agência de informações energéticas dos EUA não fornecerá dados sobre o setor pela segunda semana consecutiva, em decorrência de uma falha no sistema, no momento em que tais informações são cruciais. A capacidade de refino no país ficou abaixo de 18 milhões de barris por dia, seu nível mais baixo desde 2014. Essa produção restrita ocorre em meio a fechamentos de refinarias, evitando que o aumento de produção coloque um freio na disparada da inflação.
A China está flexibilizando as restrições contra a Covid, o que significa que a segunda maior economia do mundo e maior importadora de planeta irá aumentar sua demanda.
A Líbia está sofrendo com problemas de produção causados por uma escalada da crise política, e protestos no Equador podem interromper a produção nesse ex-membro da Opep.
A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos provavelmente não conseguirão aumentar a produção em níveis suficientes para compensar a queda de oferta e reduzir os preços.
Essa situação está fazendo com que os líderes do G7, com destaque para o presidente da França, Emmanuel Macron, queiram estabelecer um teto para os preços em todo o mundo. Esse movimento é perigoso, na medida em que pode exacerbar ainda mais a escassez, implodindo o mercado.
Testemunhamos toda a sensibilidade do mercado petrolífero em 2020, quando os contratos futuros registraram cotações negativas, com os traders tendo que pagar US$ 40 pelo prazer de ter um barril de petróleo.
Vamos examinar o atual gráfico de preços.
Interpretamos a atual consolidação dos preços como uma flâmula, que é um padrão de continuação. Nossa expectativa era um rompimento do fundo após a conclusão da cobertura das posições vendidas. No entanto, o preço voltou para a faixa superior. Observe que o padrão nunca foi concluído, na medida em que tinha apenas dois pontos de virada, com exigência mínima de quatro horas. Contudo, uma parada após uma queda impressionante de 18% em apenas sete pregões permite que ocorra tal mecanismo de mercado.
A pausa ocorreu na linha de tendência de alta desde a mínima de dezembro, entre as médias móveis de 100 e 50 dias, ressaltando a importância técnica dessa região. Se o preço romper a linha de tendência de baixa desde o pico de 7 de março, outro ponto técnico importante será superado, evidenciando a vitória da tendência ascendente de longo prazo.
Estratégias de negociação
Traders conservadores devem aguardar o preço registrar nova máxima, acima do pico de 7 de maio, buscando uma extensão da tendência de alta.
Traders moderados poderiam aguardar um rompimento altista da linha de tendência de baixa desde a máxima de 7 de maio.
Traders agressivos poderiam abrir compra neste momento. Apresentamos um exemplo genérico, mas você terá resultados gerais muito melhores se personalizar o plano de acordo com suas necessidades, incluindo momento, orçamento e temperamento.
Exemplo de operação – Compra agressiva (USD)
- Entrada: 110
- Stop-Loss: 107,50
- Risco: 2,50
- Alvo: 120
- Retorno: 10
- Relação risco-retorno: 1:4