Este artigo foi escrito exclusivamente para o Investing.com
Após o rali de quinta-feira, o índice Nasdaq 100 recuperou as perdas sofridas nos últimos dois pregões, podendo fechar a semana no positivo. Mas será que os compradores continuarão no controle ou os vendedores entrarão em ação agora que os principais índices americanos atingiram níveis-chave de resistência?
A alta de quinta-feira permitiu que o Nasdaq registrasse uma vela de engolfo de alta no gráfico diário, com os compradores aproveitando o recuo para entrar e defender o importante suporte de 12500. No entanto, já vimos esse padrão falhar em várias ocasiões no passado durante o atual bear market. E não é difícil que isso aconteça novamente, em vista das poucas mudanças nos fundamentos.
De fato, o Nasdaq agora entrou em uma possível zona de resistência forte entre 12880 e 13025 (sombreada no gráfico).
Essa área era o suporte anterior, antes de os vendedores provocarem seu rompimento no início de maio.
É possível que traders agressivos comecem a entrar aqui às cegas, mas, pelo fato de termos chegado a uma área de resistência com uma vela de engolfo de alta, eu procuraria primeiro alguma ação baixista dos preços nos tempos gráficos menores para confirmar a formação de topo antes de buscar qualquer setup de venda. Por isso, acho mais seguro buscar sinais de armadilha para os compradores, como a falha de um rali nos gráficos de 5/15 minutos.
O relatório de empregos de hoje nos EUA tenha pouca importância para a política do Fed e, por consequência, para os mercados. Outra alta de 50 pontos-base nos juros já está precificada para junho, o que provavelmente não mudará, mesmo que vejamos uma grande decepção na criação de postos de trabalho. O único aspecto relevante no relatório de empregos são os salários. A expectativa é que o índice de ganhos médios por hora trabalhada fique em 5,2% em bases anuais. Qualquer valor acima disso poderia fazer o Fed assumir um posicionamento ainda mais rígido.
Vale a pena apontar que a taxa das treasuries, como as da nota de 10 anos, voltaram a subir, o que pode pesar novamente sobre as ações, sobretudo se continuarem em alta. A alta das taxas dos títulos americanos reduz a atratividade das ações que pagam dividendos baixos.