Hora de Pensarmos se Estamos dentro da "Mãe de Todas as Bolhas"

Publicado 31.01.2017, 11:56
US500
-
DJI
-
USD/BRL
-
CL
-

Eu não vi até agora nenhum analista de "fora" apresentar o gráfico abaixo do Dow Jones de 100 anos da maneira como coloquei.

Abaixo, temos o gráfico do Dow Jones de 100 anos. pra ser mais exato, 101 anos.

Liguei alguns topos e fundos e chegamos a ele. O gráfico, como pode ser visto no canto esquerdo, está ajustado em escala logarítmica e pela inflação americana.

O que temos nele para ser discutido?

Na Grande Depressão de 1929, o Dow Jones caiu cerca de 85%. No período da Crise do Petróleo e explosão das taxas de juros ao longo dos anos 70, tivemos uma queda de 72% aproximadamente.

Os topos ligados são os de Dez-1915, Dez-1965 e Mar-2000. As maiores quedas então aconteceram a partir dos topos de 1915 ou 1929, como queiram, e a partir de 1965.

Assim, dada a ligação dos topos como propus, teríamos uma diferença, portanto, de 50 anos

Se essa diferença fosse passada adiante, teríamos um novo topo em 2015, para daí termos uma queda semelhante à da Grande Depressão ou dos anos 70. Estamos em 2017

No entanto, voltem a olhar o gráfico. a linha superior está passando pouco acima dos 22.000 pontos hoje. O Dow Jones tocou 20.120 pontos na semana passada. Registra-se uma curiosidade destacada há 2 anos por um analista em relação ao SP500. Vejam o segundo gráfico abaixo do SP500 num período de 30 anos. O analista simplesmente argumentara na época que, entre 2000 e 2007, o SP500 esteve numa "congestão forçada" de 1.550-750 pontos, pois o topo de 2000 foi ali por volta de 1.520 e o de 2007 por volta de 1.550. Por outro lado, o fundo da Bolha da Internet foi por volta de 830 pontos e do Subprime em 730 pontos. (Lembrem-se que nos gráficos os fechamentos são mensais)

Logo, o objetivo do SP500, uma vez rompida essa congestão, estaria por volta de 2.300 e 2.350, cerca de 800 pontos da altura da congestão.

Ora. Na semana passada, o SP500 bateu 2.300 pontos de máxima. Nada, absolutamente nada faz mais sentido em nenhum de vários e vários mercados, dadas inúmeras métricas.

Por que a "mãe de todas as bolhas" não poderia enviar o Dow Jones até a faixa de 22.000-22.500-23.000, por onde passa a linha superior do canal de alta de 100 anos destacada abaixo?

Sinais de explosões da Libor, da TED, do fortalecimento do dólar no mundo inteiro, impactando numa crise de endividamento, enfim, vários sinais têm nos levados para "situações-limite". O que vimos em 2000, na Bolha da Internet, e em 2007-2008, na Bolha da Imóveis americana, poderiam ser apenas aperitivos para o que virá em seguida, o estouro da "mãe de todas as bolhas", o estouro da "Bolha de Crédito", bolha essa inflada pelos Bancos Centrais ao redor do mundo e, em níveis mais regionais, ampliadas por governos populistas, como o brasileiro.

Não é difícil especular sobre a situação de países extremamente vulneráveis, como o Brasil. Certamente, seriam muito mais impactados. Um colapso nas linhas de crédito mundiais e altas bruscas nas taxas de juros no mundo inteiro, com efeitos nos respectivos interbancários. Solapariam qualquer esforço mínimo do Brasil, por exemplo, em sair do "buraco" em que se enfiou nos últimos anos.

O estouro da "mãe de todas as bolhas" teria o efeito nos mercados americanos semelhante aos dos anos 30 e 70. O que levaria o Dow Jones para pontos próximos à linha inferior do longo canal de alta sinalizado no primeiro gráfico. Na verdade, 2 delas "a escolher". Em uma delas, poderíamos ter uma queda, já considerado o efeito da inflação, de 65%-80%

Nos mercados mundiais, façam-se as contas para cada um, com suas inerentes vulnerabilidades ou não.

Hora de pensar se estamos de fato dentro da "mãe de todas as bolhas" ou no Mundo "Alice no país das maravilhas"

Dow Jones, escala logarítmica e ajustado pela inflação, período 100 anos.

Dow Jones 100 anos

Fonte: macrotrends.net


SP500, escala logarítmica, período 30 anos, sem ajuste pela inflação

SP500, escala logarítmica, período 30 anos

Fonte: macrotrends.net

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.