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Hora do Gráfico – VAREJO: A BlackFriday Vem Aí!!!

Publicado 04.10.2017, 05:53
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Hoje a hora do gráfico vem com um tom mais generalista, com uma análise mais setorial do que empresarial e com uma leitura que se aplica sobre as várias empresas do setor de varejo na bolsa, entre elas Lojas Americanas (SA:LAME4), Via Varejo (SA:VVAR4), B2W Digital (SA:BTOW3) e Magazine Luiza (SA:MGLU3).

Repare que listei as empresas não apenas na ordem que serão analisadas, mas também na minha preferência pessoal para os ativos. Ao longo deste artigo você leitor entenderá o porquê.

(Nós já analisamos a VVAR4 semanas atrás e você pode revisitar o artigo clicando (aqui))


VAREJO – A Black Friday está ai!!!

Como eu já disse em algumas análises anteriores, as crises econômicas andam em grandes ciclos que respeitam de certa forma uma lógica entre retração e expansão e, dentro deste grande ciclo, existe ciclos menores que beneficiam uns setores mais rápidos que outros.

Para relembrar, dentre os setores que sobem e descem primeiro em ciclo econômico temos:

Ciclos econômicos x Bolsa

Repetindo o que já foi dito, segue: O gráfico acima demonstra como os setores da bolsa (em vermelho) reagem a cada fase da economia (em verde) e quais deles reagem primeiro. Vale destacar que no mercado de ações, os investidores estão sendo pensando no futuro e, portanto, o sobe e desce da bolsa sempre antecede a recuperação ou a recessão do cenário econômico de fato.

Repare que a linha em vermelho volta a subir antes sequer da linha verde parar de cair. Isso ocorre principalmente porque conforme a crise vai se arrastando, os investidores começam a tentar antever o piso que a economia atingirá e já estimam o seu potencial em uma futura recuperação.

Os investidores acreditam na recuperação da economia interna e no positivo cenário mundial e com isso as apostas que as empresas logo mais responderão ao cenário de melhora e com isso aumentarão seus lucros já é precificada no valor das ações.

Pela imagem podemos ver que dois dos setores que se beneficiam logo no início da antecipação da crise são os de Industrial e Basic Industry, ou algo como Bens Industriais e Consumo Cíclico aqui no Brasil. Segundo a classificação da BOVESPA, estes dois setores englobam:


Setores Bovespa


Sobre o primeiro setor, não há muito o que dizer nesta análise sobre varejo (para saber de bens industriais recomendo ver a análise sobre o setor metalúrgico clicando aqui, no entanto focando no fato do consumo cíclico, temos aqui em mãos uma MEGA OPORTUNIDADE de alocação em alguns desses papéis na bolsa.

“Mas por que você está tão animado com o setor de consumo?” – Você pode se perguntar...

Eis aqui uma lista dos motivos:

1) Não só a economia está se recuperando, mas antes dela, o sentimento otimista da população:

A definição de alguns economistas para uma crise é “quando um número de agentes econômicos (famílias, empresas e etc.) possuem uma visão mais pessimista do que otimista para o seu futuro econômico”, ou seja, o sentimento dos empresários em produzir e das pessoas em consumir está intimamente ligada ao fato do sentimento que estas pessoas tem para com seu próprio futuro.

Uma família que acredita que um de seus membros estará desempregado em um futuro próximo ou que a sua renda disponível será menor em breve deixa rapidamente de consumir. O mesmo se aplica para empresas, quando elas acreditam que com menos intenção de compra dos consumidores não faz sentido investir em produção. Isso é economia pura!

Mas o que temos visto é que os índices de confiança e incerteza econômica tem melhorado mês a mês e o que antes podia ser lido como pontos fora da curva, hoje já se concretizam em uma linha ascendente.


Indicador de Incerteza Economica


O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas recuou 10,8 pontos entre agosto e setembro, ao passar de 130,1 pontos para 119,3 pontos. Após o terceiro recuo consecutivo, o indicador atinge o menor nível desde abril de 2017 (118,8 ptos).


Indicador de Confiança do Comercio

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getulio Vargas avançou 6,8 pontos em setembro, atingindo 89,2 pontos. Após quatro meses de quedas consecutivas, o indicador retorna ao nível de abril (89,1 pontos).


Indicador de Confiança Empresarial


O Índice de Confiança Empresarial (ICE) da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) subiu 1,3 ponto em setembro, para 87,3 pontos. Após a terceira alta consecutiva, o índice atinge o maior nível desde dezembro de 2014 (87,6 pontos).

2) O governo já deu sinais claros de que quer retomar a economia pelo consumo:

Reduzida a inflação, um dos piores males de qualquer crise, o governo entende que agora para reverter a situação econômica precisa estimular a população a voltar ao consumo e para isso tem estimulado a liberação de créditos para a população.

A lógica é simples: mais crédito disponível = mais renda = mais consumo = mais produção = mais emprego = mais renda = mais consumo e por ai vai.

Observamos que a presidência tentou mexer seus pauzinhos com a liberação do FGTS no começo do ano e que agora ela liberou o PIS/PASEP para os mais idosos (65 anos para homens e 62 para mulheres, entre outros requisitos) no total de R$ 4.7 bilhões a serem sacados no Banco do Brasil (SA:BBAS3) e R$ 11.2 bilhões pela Caixa Econômica Federal.

Mas será que isso tem efeito no consumo? Se observarmos o que foi feito com os valores do saque do FGTS, podemos dizer com alguma certeza que SIM isso virará consumo:

FGTS X CONSUMO

Até Mar/17, do total de R$ 2,65 bilhões sacados em FGTS 77,6% foi destinado de alguma forma ao consumo como vestuário, móveis e eletrodomésticos e afins. Esses são majoritariamente os setores em que as empresas que citamos acima atuam, mas algumas podem se beneficiar mais do que as outras (já já eu explico como).

Além disso, o BACEN está estudando diminuir o compulsório dos bancos, ou seja, na prática haverá mais crédito disponível para empréstimo que pode (não necessariamente vai) ser utilizado para consumo.

3) Feriados e eventos de consumo responderam bem esse ano:

Os feriados de consumo e as datas comemorativas como dias dos namorados e mães responderam bem esse ano e faturaram acima do esperado pelas empresas do setor:

a) Dia das mães: uma das principais datas termômetro do consumo brasileiro, o dia das mães registrou alta de +2% no total das vendas depois de cair por dois anos consecutivos (2015: -2,6% e 2016: -8,4%).

b) Dia dos namorados: data menos importante do que as demais datas, o resultado veio negativo, porém “menos negativo” do que em anos anteriores, registrando em 2017 uma queda de -9,6% no varejo nacional quando em 2016 foi de -15%*.

*(Se bem que se olhar só em São Paulo o varejo cresceu 4,5% e no comércio digital como um todo subiu 7,2%) .

c) Dia das crianças: com um apelo maior do que o dia dos namorados, por exemplo, o dia das crianças espera um crescimento de 5% no comércio eletrônico:


Ecommerce Dia das Crianças


4) A Black Friday vêm ai!!!

Este é o evento que eu mais estou esperando esse ano. Não como consumidor, é claro, pois eu já estou vacinado a esse tipo de “marketing de necessidade” que os publicitários estão acostumados a fazer em nosso subconsciente. São anos de leitura de livros de psicologia e comportamento econômico para entender que esses eventos são quase sempre uma furada (a tal da Black Fraude).

Mas, como investidor, eu torço para que ninguém tenha tanto interesse em literatura de finanças comportamentais como eu e que a grande maioria da população faça aquilo que é esperado dela neste grande evento: COMPRE, COMPRE, COMPRE!!!

E é isso que eu andei estudando.

Segundo o E-bit reportou, um site que acompanha e analisa uma infinidade de sites de e-commerce brasileiro e o comportamento de seus consumidores, no ano passado 44% dos consumidores que realizam compras ativamente na internet adquiriram algum produto na Black Friday. Confira os resultados:

Resumo Black Friday 2016

Já para a edição de 2017, 81% dos consumidores pesquisados disseram que sim, pretendem comprar algo este ano, ou seja, quase o dobro dos consumidores que recorrentemente adquirem algo na BF vão consumir algo esse ano.

E é ai que está o pulo do gato! Agora sim você vai entender o porquê de eu estar otimista mais com algumas empresas do que com outras...

Hora do Gráfico – LAME4, eu escolho você!!!

Quando pensamos em smartphone, geralmente duas marcas principais vêm à cabeça da população: Apple (NASDAQ:AAPL) e Samsung.

Sim, eu sei que existem várias outras marcas que tem ganhado destaque no ramo de celulares inteligentes, mas para a maioria das pessoas o duelo continua sendo entre a Apple e Samsung. Essas marcas são o que o pessoal que trabalha com marketing gosta de chamar de “Top of Mind”, ou seja, empresas que são a primeira opção de escolha em determinado setor quando as pessoas pensam em compra.

E isso quer dizer o que? Simples, quando as pessoas pensam em consumir, elas estão potencialmente mais suscetíveis a ir à loja que elas têm mais fresco na memória, considerando-a a melhor opção e levando estas empresas a apresentarem melhores resultados (repito, potencialmente!).

E é isso que eu descobri analisando os números divulgados pelo e-Bit:

Top of Mind - Black Friday

Na pesquisa com os consumidores, as marcas que vêm à mente das pessoas na hora de comprar são listadas acima, sendo que as Lojas Americanas (LAME4) é a Top of Mind disparada entre todas as categorias (seguidas do Submarino (BTOW3)* que em breve analisaremos com maiores detalhes).

* As pessoas consultadas não fizeram distinção entre as Lojas Americanas (unidades físicas) que é a LAME4 e as Lojas Americanas.com (unidade online sob a ação da B2W). Porém, como a primeira possui participação majoritária na segunda, os resultados analisados aqui foram os consolidados.

Mas, para comprovar que a LAME4 tem se saído melhor nos últimos anos de BF (que começou por aqui em 2010), fui ao site fundamentus.com.br e confrontei as receitas trimestrais que as três principais companhias apontadas apresentam (respectivamente LAME4, VVAR4 e MGLU3):

Faturamento Trimestral Varejo


Em questão de aproveitamento de ganho de receita/mercado em eventos comemorativos, principalmente os do final do ano (natal, dia das crianças, black friday) as Lojas Americanas despontam dado os saltos que ela apresenta em cada 4ºTri.

LAME4 – Tá na hora de comprar?

Como eu disse no começo do artigo, esta análise seria muito mais sobre as oportunidades que o setor de varejo trás como um todo e não especificamente de uma empresa ou de outra. Porém, ainda assim acho que vale a pena darmos uma olhada graficamente na LAME4 e ver como ela tem se comportado e o que esperar do futuro dela.

Olhando o papel desde 2014, o mesmo vinha despontando um forte canal de alta, quando este saiu da casa dos R$ 9,00 e atingiu seu pico em R$ 21,50 em meados de Outubro de 2016. Repare que o papel respeita fortemente a sua EMA200 (linha verde), sendo que na maioria das vezes que este tocava seu suporte, dava um bom repique (setas vermelho-escuro).


LAME4 - Canal de Alta

Porém, em Jul/16 a ativo deixou de fazer um movimento ascendente e ficou os últimos seis meses de 2016 em uma lateralização, comum em papéis que “subiram demais”. E isso foi bom e ruim ao mesmo tempo. A lateralização após uma forte sequencia de alta é algo extremamente perigoso porque ela geralmente acontece quando:

a) Uma das forças (compradoras/vendedoras) esgotou o movimento de alta ou queda e por isso precisa dar um respiro para continuar a tendência.

b) Um dos lados conseguiu parar a tendência que o ativo estava tendo e com isso o papel vai “virar” (se estava caindo vai subir e vice-versa).

O papel sustentou a faixa de R$ 18,20 a R$ 20,20 algumas vezes não dando sinais até então do que estava por vir. Mas foi quando um cruzamento forte do MACD para baixo aconteceu e o papel acabou entrando em correção que pode ser enxergada no quadro amarelo.

Foi quando o papel entrou em uma nova tendência, desta vez de baixa (canal vermelho) fazendo com que o papel devolvesse forte a valorização de anos anteriores, descendo aos patamares de R$ 13,00.


LAME4 - Canal de Baixa

LAME4 – O que esperar do futuro?

Mas nem tudo são espinhos e uma hora o papel tinha de reagir. Para quem teve sangue frio e segurou a LAME4 desde o seu pico de 20 e poucos reais já está quase no zero a zero. Parabéns aos guerreiros.

Mas quem soube identificar a recuperação do papel e pegou ele nas mínimas de 2017 já tem um lucro de quase 50%. Um baita resultado.

Tudo bem que nas últimas várias semanas quase todos os papéis subiram, mas dadas as devidas teorias econômicas os papéis de consumo e varejo vão puxar essa alta ainda mais para cima, sendo com certeza o setor que vai despontar os maiores lucros nessa fase de recuperação.

Já no curto prazo, olhando uns 10 dias para trás, o papel atingiu sua máxima em R$ 20,36 e depois fez um movimento de correção saudável (afinal a teoria diz que toda subida precisa de um respira). Ele desceu para próximo da sua EMA22 e, apesar de ter cruzado ela, respeitou a sua força.


LAME4 - Análise 2017

Na semana seguinte à queda, a LAME4 veio recuperando bem o valor perdido em um movimento triangular simétrico (triângulo vermelho) e parece que até o final da próxima semana o papel pode não só recuperar a máxima, mas também cruzá-la para cima.

A lógica está no fato de que o MACD mesmo tendo cruzado para baixo a signal, ele não perdeu a faixa dos 25.000 pontos demonstrando que a força compradora não sumiu do papel.

O sentimento só é reforçado se observarmos o IFR que desceu forte dos 85.000 para os 50.000 demonstrando que os vendidos imprimiram com tudo a sua força no preço da LAME4, mas conforme mostra o MACD citado, não foi capaz de reverter a tendência de alta para o papel.

Para quem não entrou no ponto de reversão da mínima dos R$ 18,60 a oportunidade de entrada fica na casa dos R$ 19,00 – R$ 19,20 onde as linhas EMA5 e EMA10 estão. Acreditamos que caso a LAME4 consiga romper a casa dos R$ 20,00 o papel tenha força para ir buscar a casa dos R$ 22,00.

Pulicação original

DISCLAIMER: ISTO É APENAS UM COMENTÁRIO SOBRE ANÁLISE TÉCNICA E NÃO CONSTITUI NENHUMA ESPÉCIE DE ACONSELHAMENTO FINANCEIRO.

Últimos comentários

Prezado Denis, parabéns pelo artigo. Gostaria de fazer um comentário: podemos analisar o Stovall de duas formas. Tomamos as características da economia e identificamos a posição no gráfico, ou percebemos o desempenho dos setores para identificar a posição. Pensando na segunda situação, hj 40% das maiores altas da bolsa são de empresas de consumo cíclico, em segundo (18%), bens industriais. Considerando estes dados, o bonde das ações de consumo cíclico está passando, ou está em seu auge. O ideal não é pensar pra frente? Então, as próximas "bolas da vez" não seriam bens industriais e materiais básicos? Obrigado..
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