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IGP-M Agressivo Intensifica Percepção de Inflação Pelo “Pass-Through” no Varejo!

Publicado 21.09.2020, 07:01
Atualizado 09.07.2023, 07:32

E que não se diga como o COPOM que é “temporário”, pois os preços estão mudando já no varejo para patamares preocupantes e o índice oficial, o IPCA, continua inerte na percepção.

Não precisa recorrer aos índices oficiais, basta ir ao supermercado e no “dia a dia” há a clara e inquestionável confirmação de que a inflação está de volta de forma voraz e exterminadora dos rendimentos assalariados, além, evidentemente, dos impactos do IGP-M nas contas administradas de consumo obrigatório e os contratos, em especial o de alugueres.

Enfim, a velha conhecida brasileira, há certo tempo afastada da cena, está de volta e num momento de busca de retomada da atividade econômica bastante claudicante,  num cenário altamente afetado pela crise da pandemia do coronavírus, seja pelo brusco choque redutor de renda da população, seja pelo desemprego (IBGE/agosto; 14,3% 13,7 mm de desempregados) que ainda é soberbo e não dá sinais de retomada com dinamismo, muito pelo contrário.

E na raiz do problema, por mais que se divague sobre o fato elencando inúmeros fatores, está a questão do “câmbio alto e juro baixo”, que por ser uma postura dogmática deste governo, a partir de ideia do Ministro da Economia, é evitado a todo custo para não ser posto na mesa de discussões.

Deu muito pouco certo e muito, muito mesmo, errado e voltando a colocação do ex-Ministro Simonsen, “o juro aleija e o câmbio mata”, e o Brasil convive exatamente com este diagnóstico.

O IGP-M aponta para 16% ao final do ano, e a magnitude do mesmo inviabiliza quaisquer justificativas que não passe pelo “câmbio alto” como causa maior da exacerbação.

E,  inexoravelmente devolve ao país intensa inflação, que sendo culturalmente memória brasileira, enseja movimento “bola de neve” e a contaminação generalizada dos preços da economia, mas não dos salários que segue o IPCA o que fragiliza o consumo, e, desta forma recrudescem as perspectivas de retomada da atividade econômica, pois sem demanda a economia não ganha dinamismo.

Então, a nova moda é apontar todas as posturas de observação com maior acurácia de “negacionismo”, o que parece um equívoco,  pois se não houver rigor e ações pró-ativas por parte do governo, em especial COPOM,  a deterioração poderá ocorrer de forma desorganizada e, o mercado financeiro que clama por maior redução na SELIC será o primeiro a migrar para o juro de curto prazo o que já é perceptível no juro de médio/longo prazo.

Há também um fato novo que ainda não foi corrigido nos conceitos típicos das análises no Brasil, a dívida fiscal preocupante desta vez não deve exercer pressão de apreciação do dólar, visto que não há pressões legítimas de demanda da moeda no país, que tem posição credora nas contas externas e por isso deveria ter um CDS a 150 pontos e não 200 pontos,  tem reservas cambiais robustas e mercado de derivativos sofisticado para proteção de riscos.

A pressão previsível será sobre o juro que deverá repercutir o desajuste fiscal do país e que pressionará o financiamento da dívida pública brasileira.

A correção efetiva da equação atual é apreciar o real e elevar o juro, única forma de impactar na evolução incontida do IGP-M, e o fator relevante é o país recompor a atratividade do mercado de renda fixa para os investidores estrangeiros e com isto intensificar o fluxo cambial que impactaria sobre o câmbio apreciando o real.

A ideia do “câmbio alto e juro baixo” é uma estratégia, mas está com seus parâmetros fora da curva e causando efeitos altamente negativos na economia como um todo.

Se o BC, responsável pela política monetária e cambial, não impulsionar e implementar os ajustes, os mesmos acabarão acontecendo de forma abrupta e desorganizada e será pior.

O comportamento estressado do dólar na sexta feira foi significativo “clamando” pela incompatibilidade do juro no mercado.

O BC precisa assumir o protagonismo!

Últimos comentários

Mais uma vez parabéns por descrever a economia real. me pergunto como se faz política monetária com juros negativos. Inflação manipulada com novos modelos absurdos de apuração.
gostei colega nesta estou em 100% com você . brilhante
Artigo ignora completamente a COVID19 e os 600tão, como se fosse irrelevante para uma análise de inflação. COVID19 não diminuiu o consumo, apenas redirecionou, setor de material de construção está vendendo como nunca... Aqui região falam de um aumento de 50% de faturamento...
Em nenhum momento no texto o autor fala de COVID19 que fechou algumas industrias por um tempo significante, ou dos quase 900 bilhões de déficit primário devido na maior parte aos inúmeros auxílios injetados no sangue da economia. Parece que isso não tem relevância nenhuma... afinal o aumento do preço em 30% da lajota feita nos fornos aqui do meu bairro é por causa do dólar...
Excelente analise! O Brasil eh exportador de commodities e, entre elas, alimentos. Desde q baixaram os juros na marra e o dolar disparou, ficou obvio q a inflacao dispararia.
S política económica deste governo está completamente errada. Primeiro terism que reduzir as estatais e os custos do governo para depois reduzir os juros. Agora a vaca foi pro brejo.Uma solução seria a saida imediata do Guedes e do maluquinho do BC, ou dar uma canetada no Real, valorizsndo uns 30% e voltar ao sistema de bandas.
ta aí o resultado do "BC independente" que o mercado (entenda-se banqueiros) tanto clamavam. att
Na conferência da CSN de janeiro já se anunciava a necessidade de aumentar preços para adequar custos. Não se vislumbrava Coronavirus, apenas câmbio. O repasse de custos e o incentivo a exportação, com privilégios de taxas, contribuem.
Infelizmente nao concordo , essa "bolha " de inflacao vai ser combatida pela lei da oferta e da procura . Com o fim do abono emergencial , a renda dos trabalhadores vai sofrer um forte achatamento - consequente - trara os precos para niveis mais civilizados . Deve-se levar em conta que as empresas estao muito reticentes na concessao de reajustes , pelo contrario estao demitindo ! Ao mesmo tempo um numero muito grande de trabalhadores informais ainda nao conseguiram retomar atividades , ou seja menos renda circulando . Se analisaarmos pela otica da lei Shumbert nao ha qualquer consistencia que sinalize para reposicao da inflacao . Caso o governo se utilize de alguma estrategia "heterodoxa" vai comprometer mais ainda a tenue possibilidade de crescimento e respeito ao teto.
 Demanda por alimentos é, mas o tipo de alimento muda
 Quando acabar o dinheiro extra e ainda com preços altos, as vendas irão despencar e terão que reduzir os preços naturalmente.
Olha, como ja dizia uma tirinha do Armandinho, já vi o pacotinho de salgadinho diminuir de tamanho para manter o preço do produto. Mas nunca vi o produto simplesmente voltar a precos anteriormente praticados.
Artigo bastante esclarecedor!Concordo plenamente e posso dizer que é um alento finalmente me deparar com um economista que coloca essa discussão tão necessária na mesa . Desequilíbrio esse que afasta a atratividade de se financiar a divida pública brasileira , míngua o rendimento mais conservador tão necessário pra quem tem poupança nesse país, e por consequência pressiona a inflação como mencionada pelo Sr Sidnei Nehme por causa da equação , juros absurdamente baixos que corrobora em câmbio acima do aceitável num ambiente de desemprego altíssimo e economia fragilizada.O desequilíbrio dessa política de juros é nítida , vamos ajustar essa equação enquanto há tempo Sr Ministro, senão o remédio sera muito mais amargo !
Ha uma inécia no BC, o efeito câmbio vai ser devastador para inflacão.
O BC "independente" errou a mão no câmbio ao alinhar-se ao discurso de Guedes.
Perfeito! Faltava alguém que dissesse isso. Estamos num barco à deriva, infelizmente. E alguém precisa assumir o controle do leme.
Simplesmente não há alternativas. Tem que fazer uma VERDADEIRA reforma aministrativa, acabando com auxílio terno, auxílio moradia, auxílio beija meu cool etc. Tem que que atualizar a tabela de IR para permitir que os setores mais pobres dinamizem a economia (porque não vão ser os de classe alta que vão fazer isso), tem que subir essa Selic para pelo menos 7-8% de uma cacetada só para dar choque no mercado, tem que desonerar a folha de pagamento mediante contratos individuais governo-empresa com metas de empregabilidade, e emitir títulos do tesouro APENAS denominados em dolares.
Grande Sidnei, b. diaSituação delicada da economia brasileira.abs
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