MDNE3: Moura Dubeux bate consenso de receita e lucro no 2T25; rali continua?
Investing.com - Os gestores latino-americanos começam a recuperar o otimismo com o mercado de ações no Brasil, segundo revela Pesquisa com Gestores do Bank of America (NYSE:BAC) (BofA) divulgado nesta terça-feira (13). Dos 32 gestores respondentes, com US$ 74 bilhões de ativos sob gestão, 43% preveem o principal índice de ações do Brasil fechando 2025 com uma pontuação acima de 140 mil pontos, contra 18% na pesquisa de abril, quando preponderava a visão de um Ibovespa entre 130 mil e 140 mil pontos no fim do ano.
O Ibovespa renovou hoje o recorde intradiário, operando em alta de 1,26% a 138.283 pontos às 11h55, na máxima do dia. Se o índice fechar neste patamar, baterá o recorde de fechamento registrado anteriormente em 28 de agosto do ano passado.
O otimismo dos gestores são reforçados pela proximidade do fim do atual ciclo de alta da taxa Selic, percepção maior de revisão altista dos lucros das empresas brasileiras em 2025 e a distensão da guerra comercial entre EUA e China. Embora a maioria dos gestores veem poucos impactos significativos da disputa sino-americana nas precificações dos ativos brasileiros, as "tarifas americanas" e "China e preço dos commodities" são vistos como os maiores riscos para os mercados latino-americanos.
22% dos respondentes acreditam em revisão altista dos lucros das empresas, o maior nível desde novembro de 2024, embora a maioria ainda prevê uma estabilidade nas expectativas. A projeção da taxa terminal da Selic está entre 14,75% e 15% para a maioria dos gestores, com a taxa básica de juros sendo prevista entre 14,5% e 15% no fim de 2025. O Bank of America aponta no relatório que seus analistas preveem o fim da alta de juros pelo Copom em 14,75%. No entanto, os gestores apostam que haverá rotação de carteiras para as ações quando a Selic atingir 9% ao ano.
Mesmo assim, 27% dos gestores estão mais ávidos por risco, com os setores financeiros e de utilidades públicas sendo classificadas como "overweight", em contraposição a commodities e consumo discricionário, que foram classificados pela maioria dos gestores como "underweight". A maioria dos gestores projeta que as ações de alta qualidade devem ter o melhor desempenho para os próximos 6 meses.
Por fim, a expectativa dos gestores ouvidos pelo BofA é de um dólar fechando entre R$ 5,70 e R$ 6,00 no fim de 2025. A maior parte da projeção do PIB do Brasil no fim do ano está entre 1% e 2% de crescimento, embora seja crescente o número de respondentes que veem o PIB fechar entre 2% e 3% este ano.